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Secretário avalia que compromisso de usineiros cessa possibilidade de aumento no preço do álcool

Os usineiros concordaram em reduzir o preço do litro álcool anidro (misturado à gasolina) de R$ 1.

08 para R$ 1.05. O acordo foi firmado hoje (11), em reunião com os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Fazenda, Antônio Palocci, e com o ministro em exercício de Minas e Energia, Nelson Hudner. O acordo deve entrar em vigor ainda nesta semana.

Indagado se essa redução no preço do álcool na usina iria afetar o bolso do consumidor, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, que também participou da reunião, disse acreditar que sim, mas que independente disso, o mais importante é a garantia, firmada com os usineiros, de que cessou a possibilidade de aumento no preço do produto – o que, no fundo, segundo ele, é também vantagem para o consumidor.

Com essa garantia, Rodrigues disse que não há nenhuma necessidade de mudar a porcentagem de álcool misturada na gasolina, como se cogitava anteriormente.

Ao anunciar a redução no preço do álcool, Roberto Rodrigues disse que, apesar de ainda estar acima do que pretendia o governo, ela representa uma vitória importante. O governo desejava a redução no litro do produto para R$ 1. “Essa medida representa um sacrifício para o setor e, para nós, uma grande satisfação por termos fechado um acordo positivo para o Brasil e os consumidores”, afirmou.

O presidente da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Única), Eduardo Pereira de Carvalho, disse, após a reunião, que a redução representa um sacrifício para o setor, mas que não haverá prejuízos. “Ninguém trabalha para perder. Esse é o limite de preço que aceitamos”, afirmou.

Em troca, o governo garantiu aos representantes do setor sucroalcoleiro que vai buscar estudar a consolidação de um programa de estocagem do produto com objetivo de diminuir as oscilações no preço do álcool nos períodos de safra, quando o preço tende a cair, e entressafra, quando geralmente há um aumento no preço do produto. Com relação à proposta de financiamento federal de R$ 1 bilhão para a estocagem de álcool pelos usineiros, o ministro disse que na reunião de hoje não se falou dessa questão.

Em entrevista à imprensa, Rodrigues informou ainda que o setor privado garantiu ao governo brasileiro que o estoque atual de álcool é suficiente “tranqüilamente” para garantir o abastecimento durante a entressafra; e que, se houver necessidade, os usineiros se dispõem “a fazer um sacrifício adicional” de antecipar para março o início da produção, como forma de garantir o suprimento. O início da próxima safra está previsto para abril.

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