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Sarkozy pretende destravar venda de biocombustível na UE

A ministra da Economia, da Indústria e do Emprego da França, Christine Lagarde, disse que o presidente Nicolas Sarkozy deverá apresentar uma “solução” para as restrições européias aos biocombustíveis. Ela disse, no entanto, que o assunto deverá ser debatido no âmbito da União Européia, e não restrito à França.

A defesa de Lagarde é uma resposta aos questionamentos dos países produtores quanto às dificuldades que estão tendo para exportar biocombustíveis para a União Européia. Na sexta-feira, o Brasil e mais sete países – Argentina, Colômbia, Indonésia, Malásia, Malavi, Moçambique e Serra Leoa – enviaram um comunicado ao bloco ameaçando uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC), caso as barreiras sejam mantidas.

A ministra, que também participou da reunião do G-20 no fim de semana, disse não ter se decepcionado com a ausência de propostas concretas no encontro para tentar solucionar a crise financeira global. “Nosso desejo era eliminar divergências para que os chefes de Estado possam fazer propostas de ações concretas no próximo fim de semana”, disse.

Na reunião, o G-20 sugeriu que ocorra uma série de mudanças na estrutura dos órgãos financeiros internacionais, como o Fundo Monetário Mundial (FMI), uma maior regulação sobre a movimentação de investidores e sobre as agências de classificação de risco e mais medidas de estímulo ao crescimento econômico. O comunicado final do encontro, porém, não defende nenhum desenho mais específico para uma nova ordem financeira internacional.

A inesperada fragilidade financeira demonstrada por algumas das principais economias emergentes, como Rússia, Brasil, México e Coréia do Sul, moderou o tom de aprovação a políticas fiscais e monetárias expansionistas. O documento, que servirá de base para a cúpula de chefes de Estado, no próximo sábado, adota um tom cauteloso e temperado de alertas quanto a possíveis pressões inflacionárias nos países que sofreram desvalorizações violentas de suas moedas.

Já o detalhado documento com a proposta brasileira de “governança financeira global” relaciona um bem elaborado conjunto de objetivos e providências. O Brasil quer reduzir a importância do G-7 (grupo dos países mais ricos) e aumentar a do G-20 (que inclui ricos e grandes emergentes) e apressar e intensificar o aumento de votos dos emergentes no FMI e no Banco Mundial.

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