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São Paulo perde força no PIB, mas ainda é líder

A guerra fiscal, combinada com um processo natural de descentralização da indústria brasileira, diminuiu em quase três pontos percentuais a participação do Estado de São Paulo no Produto Interno Bruto nacional, entre 1985 e 2001. A queda, a maior entre todos os Estados brasileiros no período, aparece no documento Contas Regionais de 2001, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados reunidos pelo IBGE mostram ainda que a economia do Mato Grosso foi a que mais cresceu no período: seu volume adicionado (riqueza gerada através do processo de produção ou prestação de serviços) aumentou 228%.

“O crescimento da Região Centro-Oeste foi impulsionado basicamente pela expansão das fronteiras agrícolas, principalmente nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás”, explicou Frederico Sérgio Gonçalves, coordenador de Contas Regionais do IBGE. Na esteira do desenvolvimento da agropecuária, a participação do Centro-Oeste no PIB nacional subiu de 4,8%, em 1985, para 7,2% em 2001. No mesmo período, a fatia do Sudeste encolheu de 60,2% para 57,1%. “Essa perda do Sudeste foi conseqüência direta da diminuição da participação de São Paulo”, disse Gonçalves, do IBGE.

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