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São Paulo lidera reação industrial

A produção industrial paulista cresceu 6,8% em março de 2006, em relação ao mesmo mês do ano anterior, acima da média nacional no período que foi de 5,2%, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A sensação que a gente tem é que São Paulo voltou a liderar depois de ter ficado muito mal de julho a novembro de 2005. Isso aí pode ser efeito da redução da taxa de juros Selic, já que a indústria paulista é mais sensível aos juros, disse o diretorexecutivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Júlio Sérgio Gomes de Almeida.

Ele lembrou que no ano passado, Minas Gerais e Rio de Janeiro puxaram o crescimento nacional e que a Selic já caiu quatro pontos porcentuais desde setembro.

O aumento da produção em março foi generalizado pelo País e só houve decréscimo no Rio Grande do Sul (1%) e no Paraná (3,2%), cuja indústria de máquinas e equipamentos agrícolas foi afetada pela perda de rentabilidade na agricultura.

Alguns Estados tiveram taxas de crescimento até bem superiores à de São Paulo, como Pará (17,5%), Ceará (12,3%), Amazonas (8,5%) e Minas Gerais (7,3%), mas a análise de Almeida considera não só o aumento de produção, mas também o peso e a diversidade da indústria paulista, que representa 40% da brasileira.

Em São Paulo, a expansão ocorreu em 15 das 20 atividades industriais pesquisadas.

Os destaques foram para os setores de veículos automotores (13,1%), material eletrônico e equipamentos de comunicações, basicamente celulares, (27,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (9,2%). Tanto automóveis quanto celulares têmum viés exportador, observou Isabella Nunes Pereira, da Coordenação da Indústria do IBGE. Segundo ela, o crescimento da produção industrial no primeiro trimestre foi maior nas regiões onde há grande participação de produtos ligados ao comércio exterior, como minério de ferro, petróleo, celulose e automóveis.

A produção de televisores também foi destaque, como tradicionalmente ocorre em anos de Copa do Mundo de Futebol.

Com o resultado de março, a indústria paulista acumulou alta de 4,7% no primeiro trimestre do ano (4,7%) e 3,6% nos últimos 12 meses nas comparações com iguais períodos anteriores.

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