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São Paulo lidera a redução da produção de cana no centro-sul

No Estado de São Paulo, principal região produtora de cana-de-açúcar do País, a produtividade agrícola será a menor dos últimos 20 anos e a retração na moagem deverá superar 50 milhões de toneladas, com destaque para as regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araçatuba. Esse volume representa cerca de 80% da redução de moagem prevista para todo o centro-sul na safra 2011/2012.

União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), em conjunto com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), demais sindicatos e associações estaduais do setor sucroenergético, revisou a estimativa de produção de cana-de-açúcar, etanol e de açúcar para a safra 2011/2012 na Região Centro-Sul do País. A nova projeção aponta uma moagem de 488,50 milhões de toneladas, redução de 4,26% em relação à última estimativa divulgada em agosto deste ano (510,24 milhões de toneladas) e queda de 12,29% sobre o valor final da safra 2010/2011 (556,95 milhões de toneladas).

A redução da estimativa de moagem decorre da menor produtividade agrícola do canavial. De acordo com dados apurados pelo CTC, o rendimento agrícola da área colhida até o final de setembro atingiu 70,60 toneladas de cana por hectare, queda de 18,20% em relação ao valor observado no mesmo período de 2010. A produtividade esperada para a safra 2011/2012 no centro-sul é inferior a 70 toneladas por hectare, redução de quase 20% em relação à média histórica de 85 toneladas por hectare.

Os principais fatores responsáveis por essa queda da produtividade agrícola são a idade avançada do canavial e as condições climáticas desfavoráveis para o desenvolvimento da planta, que incluem a estiagem prolongada nos meses de inverno nas últimas duas safras e a ocorrência de geada e florescimento no início da atual safra.

Também contribuíram para a menor produtividade: a ampliação da mecanização do plantio e da colheita em áreas não sistematizadas; a incidência de novas doenças como a ferrugem laranja; o aumento do nível de infestação de algumas pragas; e, o crescimento da produção em regiões com menor potencial produtivo.

O menor rendimento agrícola deve ser verificado em todos os estados produtores da Região Centro-Sul. Contudo, o impacto da quebra agrícola sobre a oferta de cana deverá ser menor nos estados onde houve maior índice de expansão de área de colheita, como Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

O investimento na renovação do canavial é a melhor alternativa para o crescimento da produção de etanol e de açúcar a partir da safra 2013/2014, pois existe capacidade ociosa significativa na indústria e falta de matéria-prima, alerta o executivo.

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