O Governo do Estado de São Paulo e representantes das usinas de cana-de-açúcar assinaram, nesta quinta-feira (10), um protocolo de intenções para viabilizar a conexão das centrais de cogeração de bioeletricidade ao sistema de transmissão paulista. A iniciativa vai permitir a produção de 5 mil megawatts, energia superior à gerada em todas as hidrelétricas em licitação ao longo do Rio Madeira, que é de 3,8 mil megawatts.
O documento foi assinado pela secretária estadual de saneamento e energia, Dilma Seli Pena, e por representantes da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica), Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) e Cogen-SP (Associação Paulista de Cogeração de Energia). O estímulo à geração de energia a partir do bagaço da cana foi iniciado em 2007, com a assinatura de um protocolo entre o governo paulista e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), para facilitar os contratos entre usinas e distribuidoras de energia.
Pelas normas existentes, as usinas são responsáveis por viabilizar o envio da energia produzida à rede básica de distribuição e fornecimento. “Isso é muito difícil porque o setor sucroalcooleiro não tem tradição nesse tipo de trabalho. Viabilizamos uma integração do Estado com os usineiros, colocamos todos os agentes envolvidos com a implantação das conexões”, disse Dilma Seli.
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