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SÃO MARTINHO: Para HSBC, empresa é a melhor opção de investimento do setor

Ao iniciar a cobertura dos papéis da São Martinho (SMTO3), o HSBC Securities avaliou que a empresa é a melhor opção de investimento para os que buscam exposição com foco no mercado brasileiro de açúcar e etanol. A classificação para as ações é “overweight” (compra), quando o retorno esperado deve exceder o exigido por no mínimo cinco pontos percentuais durante os 12 meses seguintes (ou dez pontos percentuais para uma ação classificada como volátil), com preço-alvo de R$ 18,50 para o final do ano fiscal de 2010(março).

“A São Martinho é a nossa favorita no setor, considerando o horizonte de investimento para o final do ano fiscal de 2010 (março de 2010). Acreditamos que a empresa está mais focada em suas duas atividades-fim (açúcar e etanol), tem boa governança corporativa, possui uma estrutura de custo melhor e mais eficiente e aborda as atuais condições desfavoráveis de mercado de forma mais conservadora e responsável em termos de expectativas de crescimento e dispêndios

de capital”, assinala o HSBC, em relatório enviado ao mercado.

Como vantagens em relação aos concorrentes, o HSBC cita o fato de a São Martinho não ter expectativa de levantar capital novo via emissão, caso da Açúcar Guarani, assim como espera que a empresa não assumirá um alto grau de endividamento, como fez a Cosan SA para financiar a aquisição da Essobrás.

Para o HSBC, a São Martinho possui a melhor estrutura de custos dentre seus pares, tem um perfil moderado de endividamento comparado s outras empresas, que são mais expostas a dívidas em moeda estrangeira e com elevada concentração de vencimentos no curto prazo.

Entre os eventos que poderão melhorar as perspectivas para a São Martinho e sua avaliação no curto, médio e longo prazo, o HSBC assinala a abertura do mercado de etanol nos Estados Unidos, União Européia e Japão para produtores brasileiros de etanol, o que deverá melhorar as perspectivas para a exportação; uma mudança considerável nos fundamentos básicos de oferta e demanda, que poderá elevar os preços do açúcar; e a estabilidade no mercado de crédito, que ermitirá companhia continuar com seu plano de expansão, primeiramente com a Usina de Boa Vista, bem como a capacidade de cogeração.

Como riscos de baixa, estão mudanças significativas no preço da gasolina, afetando a competitividade do etanol, desaceleração nas vendas de carros flex no Brasil e enfraquecimento nos preços globais do açúcar, além da crise financeira global, que poderá limitar os planos de crescimento e expansão da empresa.

De acordo com a análise, o Ebitda da São Martinho deverá crescer 40,7% no ano fiscal de 2009, ante 2008, para R$ 179 milhões, com uma margem Ebitda de 22%, comparado a uma margem de 17,8% no ano anterior. A empresa deverá ter prejuízo líquido de R$ 109,7 milhões na safra 2009/09, ante um prejuízo líquido de R$ 46,9 milhões registrado no ciclo anterior, e a receita líquida deverá atingir R$ 811,4 milhões em 2009, o que representa um crescimento de 14% ante os

R$ 712,4 milhões apurado no ano anterior.

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