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Santelisa será incorporada em até dois meses

A LDC Bioenergia, controlada pela LD Commodities – mas com participação de 15% de um fundo de investimentos europeu -, espera incorporar a Santelisa Vale, de Sertãozinho (SP), em dois meses. Acordo para isso foi assinado no início deste mês, mas a Santelisa ainda tem que equacionar seu passivo de R$ 2,8 bilhões para que a aquisição seja confirmada. A LDC tem urgência para assumir a estrutura da Santelisa, já que a safra 2009/10 de cana está começando.

Enquanto isso não acontece, informa Kenneth C. Geld, presidente da Louis Dreyfus Commodities Brasil, a gestão continua com os atuais controladores da Santelisa Vale – apesar de a multinacional já estar participando dos comitês existentes. “Fomos escolhidos pela Santelisa Vale após concorrência acirrada, o que nos orgulha muito”, diz.

O executivo não revela o valor da transação, mais afirma que, para torná-la viável, foi feita uma capitalização de R$ 409 milhões na LDC Bioenergia em fevereiro passado. Com cinco usinas em São Paulo, a Santelisa tem capacidade para moer mais de 20 milhões de toneladas de cana por safra.

Ao contrário de outros players que começaram a investir ou ampliaram aportes do segmento sucroalcooleiro do Brasil nos últimos anos, a LD não vai privilegiar o etanol em detrimento do açúcar. “Teremos muita flexibilidade. Além da receita que proporciona, o açúcar, com mercados futuros consolidados, é fundamental para a nossa estratégia de hedge”, afirma.

Geld confirmou que a família Biagi, que ainda controla a Santelisa Vale, terá participação acionária (minoritária) na nova LDC Bioenergia “ampliada” e lugar garantido no conselho de administração da subsidiária. Também os planos de abrir o capital da LDC e negociar ações em bolsa permanecem vivos, de acordo com Geld.(FL)

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