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Santa Adélia é a primeira usina a obter empréstimo da linha BNDES RenovaBio

Sucesso do empreendimento, com menos gases na atmosfera, assegura reduções de custo de empréstimo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a primeira operação do Programa BNDES RenovaBio no valor de R$ 100 milhões para a Usina Santa Adélia. Os recursos são destinados à unidade produtora de biocombustíveis do grupo, localizada em Jaboticabal (SP).

Trata-se de um crédito financeiro alinhado aos critérios de ASG (que considera aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa), voltado a estimular a redução de emissões de carbono com o uso de combustíveis. O apoio financeiro do BNDES nessa linha está inserido no RenovaBio.

O financiamento possibilitará à Usina Santa Adélia intensificar seus esforços para melhoria de eficiência operacional e, caso seja bem-sucedida nessa tarefa, a usina será bonificada com reduções no custo do empréstimo (no spread básico do BNDES). Caso a empresa venha a ser descredenciada do Programa RenovaBio, terá como penalidade a elevação da taxa.

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“Estamos muito orgulhosos de recebermos a primeira operação ESG Linked Loan do BNDES, aprovada no âmbito do setor agropecuário e sucroenergético. Além do crescimento e desenvolvimento que tais recursos propiciam, isso nos incentiva a continuar acreditando em nossos valores, em especial o da Sustentabilidade, reassumindo nosso compromisso com nossos stakeholders e com a sociedade, de buscarmos sempre as melhores práticas em termos de ESG”, destaca o superintendente da Santa Adélia, Norberto Bellodi.

O diretor administrativo e financeiro da companhia, Márcio Iva Lazarini, ressalta que a criação desta linha por parte do BNDES fortalece sua diretriz e prática de fomento ao desenvolvimento sustentável, e, para nós, da Santa Adélia, ser a primeira empresa aprovada em uma operação desta espécie, fomenta esse propósito junto a toda nossa equipe”.

Marcos Rossi, superintendente da Área de Indústria, Serviços e Comércio Exterior do BNDES, afirma qie a aprovação da operação é emblemática para o banco, “pois inaugura uma nova forma de apoiar o desenvolvimento do setor de biocombustíveis, mais ágil e simplificada, e com incentivo para o aumento de eficiência produtiva e ambiental”, destaca

Segundo Rossi, o Programa BNDES RenovaBio é um produto inovador porque não demanda um projeto de investimentos pré-definido, mas sim metas de redução de emissão de carbono. O programa visa auxiliar o setor de biocombustíveis na tarefa de descarbonização da economia brasileira, incentivando a produção e utilização de combustíveis renováveis em detrimento dos de origem fóssil.

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Ou seja, aquelas empresas que contratarem recursos no âmbito do RenovaBio e que, ao longo do período de pagamento dos empréstimos, alcançarem as metas de redução de emissão de CO2 estipuladas pelo programa, terão redução na taxa de juros.

Para avaliar o alcance das metas, o banco  utilizará o Fator de Emissão de Certificados de Descarbonização (CBIOs), indicador publicado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O CBIO é emitido por meio de bancos ou outras instituições financeiras, pelo produtor ou importador de biocombustível certificado. É um ativo financeiro comercializável no mercado por produtores e distribuidores de combustíveis e outros investidores. Uma unidade de CBIO corresponde a uma tonelada de carbono que deixa de ser emitida no meio ambiente.

“O Programa BNDES RenovaBio pretende, assim, contribuir para o aumento da produtividade e da difusão de inovações tecnológicas e, com isso, garantir aos consumidores menor preço e maior oferta de biocombustíveis ainda mais sustentáveis”, conclui o superintendente.

 

 

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