De acordo com informações do diretor executivo Hugo Cagno Filho, da Usina Vertente, de Guaraci (SP), a unidade produtora de cana-de-açúcar implantou recentemente um sistema com terno de moenda de 110 polegadas ajustado em frente ao difusor que já era utilizado, ampliando assim, sua capacidade de produção.
Com isso a usina aumentou sua moagem de 1,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para 2,5 milhões de toneladas.
Leia mais: Guarani Tereos Açúcar e Etanol anuncia novo gerente para ampliar presença no varejo
“Neste novo sistema a moenda extrai o caldo primário — de onde é possível obter um açúcar de alta qualidade — e o difusor atua somente no processamento do bagaço, direcionando a biomassa para produção de etanol”, explica Filho.
Leia mais: Guarani Tereos dá partida a uma nova safra ‘açucareira’
De acordo com o diretor que também é engenheiro agrônomo, a usina também produzirá na safra 2015/16, cerca de 130 mil toneladas de açúcar, sendo boa parte composta de açúcar branco. A produção de etanol será de 130 milhões de litros, sendo 50 milhões de litros de anidro e 80 de hidratado.
Leia mais: Guarani implanta software que otimiza cogeração e produção em tempo real
A unidade que pertence 50% ao Grupo Guarani (Tereos) irá cogerar 40 megawatts/hora e comercializará 29 megawatts/hora.
A taxa de produtividade da cana-de-açúcar é baixa, em torno de 88 tch, o que porém não interferirá na produção estimada pela usina, que faz uso constante de maturador no canavial e possui 134 de ATR.
Filho, está otimista em relação à safra, mas reconhece que inconstâncias climáticos podem afetá-la de alguma forma.
“Este ano foi totalmente atípico para nós. Por conta das chuvas, ficamos 12 dias parados, deixando com isso de moer 150 mil toneladas. A região da Guaraci (SP) é bastante seca, chovendo 700 milímetros ao ano. Mas este ano choveu quase 1000 milímetros somente em junho. A instabilidade climática, sempre é um fator preocupante”, comenta.