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Safra nas usinas da Zilor deve terminar 15 dias antes do previsto

Arroyo, da Zilor: preparativos para um entressafra de quase cinco meses
Arroyo, da Zilor: preparativos para um entressafra de quase cinco meses

A safra de cana-de-açúcar 2016/17 da companhia sucroenergética Zilor deverá terminar 15 dias antes do previsto. Segundo Denis Arroyo, diretor agrícola da empresa, a previsão é de que a moagem seja encerrada durante a primeira quinzena de novembro próximo.

A projeção inicial era de encerramento no fim de novembro.

A antecipação do fim da safra, conforme Arroyo relatou ao Portal JornalCana, reflete a moagem marcada pelo ritmo normalizado pela estiagem e, também, pela cana afetada pela geada de fim de junho e pelas chuvas do começo do ano.

A Zilor não deverá ter cana bisada para a próxima safra. “E estamos nos preparando para uma entressafra longa, de quase cinco meses”, disse o executivo da companhia ao Portal JornalCana na terça-feira, em Campinas, durante o III Seminário Internacional sobre Uso Eficiente de Etanol, do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), no auditório da Bosch.

Arroyo revelou que a Zilor deverá alcançar moagem perto de 12 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

No evento

Durante o evento do INEE, o executivo da Zilor comentou sobre apresentações anteriores, feitas por especialistas, sobre a mecanização da cana.

“A mecanização judiou demais o setor”, disse para um público formado por engenheiros e especialistas em engenharia. “Primeiro porque era previso uma curva de aprendizado, de ajuste de plantio, de mudas, e estamos nele.”

“Mas nos apaixonamos pela máquina e mudamos espaçamento, o plantio”, emendou. “Há dois anos, começamos projeto para pensar e depois ir para a máquina.”

Arroyo também falou sobre o mercado de etanol, tema do evento. “O que mais no afeta é quando não vemos o mercado com a demanda ligada para a gente. Quando ouvimos que a Nissan divulgar que há mais necessidade do biocombustível [em motor de hidrogênio], temos como reagir no canavial. Mas quando ouvimos num ano que o etanol é importante, e dois anos depois ouve o contrário, isso é difícil para o empresário do setor.”

Segundo ele, “se houver demanda, se isso vier planejado, o setor responde”. E frisou: “temos que enxergar o futuro.”

 

Leia também: Zilor lucra com biotecnologia e anidro 

Lucro líquido

Associada da Copersucar, a Zilor saiu de um período no vermelho na safra 2014/15 para um resultado líquido positivo na temporada passada. A companhia registrou lucro líquido de R$ 33,433 milhões na safra 2015/16, encerrada em 31 de março, após um prejuízo de R$ 58,243 milhões no ciclo anterior.

A melhora do resultado da Zilor refletiu o bom momento no mercado interno de etanol anidro – que é misturado à gasolina -, além do desempenho de sua operação de biotecnologia, a Biorigin.

O lucro operacional foi de R$ 243 milhões, um avanço de 86% em relação à safra anterior – superior ao crescimento da receita, que subiu 19%, para R$ 1,818 bilhão.

Desse faturamento, quase 20% resultaram das vendas da Biorigin, que fornece ingredientes para alimentação humana, nutrição animal, mercado de vinhos e para a fermentação industrial. A divisão, que tem atividades industriais nas cidades paulistas de Quatá, Lençóis Paulistas, Macatuba e também em Louisville (EUA), gerou receita líquida de R$ 349 milhões na safra 2015/16, 35% a mais do que no ciclo anterior.

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