JornalCana

Safra de recordes em moagem

Em uma safra marcada por oferta abaixo de 600 milhões de toneladas no Centro-Sul, unidades comemoram processamento recorde da matéria-prima

Em uma safra marcada por oferta abaixo de 600 milhões de toneladas no Centro-Sul, unidades comemoram processamento recorde da matéria-prima

A safra 2019/20 deverá terminar com moagem de cana pouco acima da temporada anterior na região Centro-Sul.
Até a segunda quinzena de novembro, foram processadas 562,74 milhões de toneladas, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
O montante representa alta de 5,70% na comparação com a moagem acumulada até 15 de novembro de 2018.
Essa pequena margem deverá manter-se até o fim oficial da 19/20 em abril próximo.
Mas há unidades para quem a safra atual é motivo de celebração. Elas simplesmente foram campeãs de moagem em uma temporada marcada por estiagem prolongada, chuvas fora de época e até mesmo geadas.

Motivos do sucesso
Os recordes de moagem dessas unidades refletem oferta maior de cana em função de novos cultivos.
Mas, além disso, muitas também investiram na área industrial em otimização da moagem e melhorias no tratamento de caldo.
JornalCana apresenta nesta e na próxima página relatos de representantes de algumas das unidades campeãs de moagem na 19/20.

Cerradinho caminha para safra histórica
A safra 2019/2020 tem tudo para ser histórica, destaca Paulo Oliveira Motta Júnior, presidente da Cerradinho Bioenergia (CerradinhoBio), com unidade em Chapadão do Céu (GO).
“A previsão é moer 10% a mais de cana que a safra anterior ultrapassando 5,2 milhões e batendo o recorde de moagem da Cerradinho”, afirma. Até novembro, todos os números de produção estão acima do orçado e a expectativa é superar o orçamento na moagem, etanol e energia. “A meta é finalizar a safra 19/20, em março do ano que vem, com 5,2 milhões de toneladas de moagem, 437 milhões de litros de etanol (cana), 69 milhões de litros de etanol (milho) e 485 mil MW de energia”, relata.

Quais os motivos para a moagem maior?
Paulo Oliveira Motta Júnior – Apesar de uma geada que atingiu cerca de 30 mil hectares de nossos canaviais, conseguimos reverter a situação e tivemos um ótimo desempenho de produção, com números acima do previsto de moagem. Nosso time trabalhou e continua trabalhando diariamente com dedicação, inovação e criatividade pensando fora da caixa e encontrando caminhos para fazer sempre o melhor em performance e custo. Além disso, fizemos um trabalho árduo de acompanhamento de produção, custos e orçamento. Mensalmente, esses resultados são compartilhados com toda a Empresa, dos gerentes aos operadores, assim todos podem acompanhar os resultados e avaliar como cada um pode contribuir. Outro motivo foi o investimento na construção da obra da planta de milho que já está em operação. A projeção ainda para esta safra é moermos 169 mil toneladas de milho e produzir 69 milhões de litros de etanol, 55 mil toneladas de DDG e 2 mil toneladas de óleo de milho.

Quais as previsões para a safra 20/21?
Paulo Oliveira Motta Júnior – Ao longo dos últimos 10 anos de história, a CerradinhoBio cresceu, se consolidou no mercado e caminhou rumo a voos cada vez mais altos. Para a próxima safra teremos a plena operação da planta de milho que possibilitará uma expansão de 50% em nossa produção. Na plantação de cana, continuamos investindo também; estamos investindo R$ 50 milhões em um projeto de desgargalamento que possibilitará crescimento adicional da produção em torno de 5%. Para completar, continuaremos focado em fortalecer nossa gestão, o clima interno e a satisfação de nossos colaboradores.

JC Bioenergia tem os melhores resultados em 8 anos
A SJC Bioenergia registrou na safra 2019/20 seu melhor resultado em oito anos de existência. As duas unidades da empresa – a Rio Dourado, em Cachoeira Dourada, e a São Francisco, em Quirinópolis, ambos municípios de Goiás – processaram 7,7 milhões de cana na temporada. Há também mais dois milhões de toneladas de cana em equivalência em milho – já que a São Francisco também produz etanol a partir do cereal. No total, as unidades da SJC totalizam 9,7 milhões de toneladas de cana processada e equivalente. “É o melhor resultado de nossa história”, destaca a empresa em nota.

Recorde
Merece destaque o recorde da URD (Usina Rio Dourado) ao processar 3,07 milhões de toneladas de cana. Esses valores permitiram alcançar a maior produção de etanol total da SJC Bioenergia (620.451 m3), com as três Unidades batendo recordes: USF (Usina São Francisco) alcançou 214.228 m3, a URD atingiu 245.472 m3 e Unidade de Processamento de Grãos (UPG) realizou 160.751 m3 de etanol de milho. A USF também produziu 300.000 t de açúcar. A produção de energia elétrica foi excelente, atingindo 713.543 mwh, com a USF gerando 443.309 mwh e a URD, 270.234 mwh.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram