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Safra de cana fica em 277,8 milhões de toneladas em SP, diz IEA

A safra de cana de São Paulo para 2005/06 ficou em 277,8 milhões de toneladas, 9% maior que a anterior, em uma área superior a 4 milhões de hectares, de acordo com o quarto levantamento agrícola do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

O primeiro levantamento para a safra agrícola 2006/07 foi realizado de 01 a 25 de setembro À época do levantamento na presença de fatores como: adversidades climáticas desfavoráveis ao preparo do solo e plantio, especificamente a falta de chuvas; inércia no mercado de sementes provocada, possivelmente, pela maior dificuldade do produtor de obter crédito, o levantamento da área ocupada com os sete principais produtos no plantio das águas indica decréscimo de 13,1%, comparativamente ao ano agrícola 2005/06. Destaque para o algodão, com queda de 25,2% e a soja com 20,1%.

Com a redução em 25,2% para a área de algodão, devemos ter 40,6 mil hectares plantados, apesar da recuperação dos preços pagos aos cotonicultores. O plantio de feijão das águas deverá ocupar 6,4% a menos de área em 2006/07 no Estado, atingindo 68 mil hectares, porém nos municípios produtores tradicionais a área ocupada com feijão praticamente se mantém nos mesmos níveis da safra passada. Os produtores do sudoeste paulista, região que representa 67% da área plantada no Estado, voltaram a investir na cultura, após a invasão da soja em safras anteriores que atualmente tem atravessado período pouco favorável por conta dos preços baixos e da incidência da ferrugem asiática.

A intenção de plantio da área de milho (safra de verão) era de 7,8% menor que a da safra passada, em função da seca que acometia o Estado na época de plantio, e também devido às dificuldades do produtor em obter crédito. Este quadro pode ter sido revertido, pois há indícios de melhora dos preços pagos aos agricultores, da disponibilidade de área cedida pela soja e redução no custo de produção por conta do recuo dos preços de adubo e defensivos. Essa conjuntura está reforçada por expectativas de possível aumento na demanda do grão, motivado pela retomada das exportações brasileiras de frango e crescimento das importações americanas de milho usado para produção do etanol. Para a soja (safra de verão), além das condições climáticas desfavoráveis na época de plantio e da incidência da ferrugem asiática há informes de menor procura por sementes, e apesar do anúncio do novo Plano de Safra, há a indicação de queda de 20,1% na área a ser plantada, registrando 549,7 mil hectares no estado. Segundo os pesquisadores do IEA, esses números devem ser vistos com cautela, pois trata-se de um primeiro resultado para a safra 2006/07 e, deve-se levar em consideração que os sojicultores não deverão abandonar a cultura repentinamente devido a estrutura já existente.

Para o café, o levantamento final da safra agrícola 2005/06 estimou a produção paulista de café em 4,7 milhões de sacas beneficiadas, 40,9% superior a 2004/05, resultado do aumento da produtividade em 43,3%, principalmente por conta da bienalidade da lavoura, com área plantada de 234,4 mil hectares, com pequena queda de 1,5% em comparação com a safra passada. A produção de laranja na safra agrícola 2005/06, em São Paulo, foi estimada em 348,4 milhões de caixas (40,8kg), com queda de 1,1% em relação à passada, decorrente das diferenças entre temperatura diurna e noturna e baixa umidade do solo, prejudicando a formação das gemas florais dos citros, eventos notados no início da safra. A área ocupada com laranja decresce 1,8%, registrando 659,6 mil hectares, justificada principalmente pela diminuição da área produtiva – nos sete primeiros nos de 2000 esta área cresce a uma taxa negativa de aproximadamente 1,0% a.a. Em contrapartida, os novos plantios vêm ocorrendo a uma taxa positiva ao redor de 8,8% a.a. no Estado, deslocando-se para regiões ainda livres de doenças que vem acometendo os citros. A região citrícola, formada pelas 17 regionais que apresentam produções acima de 5 milhões de

caixas, registra produção de 320,2milhões de caixas, em uma área de 605,7 mil hectares e produtividade de 1,9cx/pé .

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