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Safra começa com preço em alta

Embora o setor não esteja falando como nos tempos da euforia do álcool, rebatizado de etanol, os preços no mercado internacional do açúcar estão (para os donos de usinas) doces como nunca. Ontem, na Bolsa de Londres, onde se forma a cotação internacional do preço do produto, cravou US$ 492,5 por tonelada, recorde em três anos. E como o Brasil é o maior produtor e vendedor mundial, isso vai bater no mercado interno, no externo e no varejo na forma de preço mais altos. Aliás, já bateu.

O mercado internacional de açúcar vinha trabalhando em baixa mesmo antes da crise global. Pela perspectiva do excesso de produção global e perspectivas dos novos projetos de em novas escalas no Brasil. A crise que deu um chega para lá em muita gente e o discurso do etanol substituindo o petróleo foram minguando, minguando de forma que hoje sabe-se que ele tem um futuro, mas de coadjuvante.

Enquanto isso, o mercado global de açúcar foi cuidar de sua vida na crise. E a cada avaliação, as coisas vão ficando mais difíceis em termos de produção mundial. A Índia terá que importar seis milhões de toneladas e o Brasil já sabe que não vai produzir tudo o que estimava por causa das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste. Resultado: a Organização Internacional do Açúcar avalia que o déficit no mercado mundial de açúcar deve chegar a 7,8 milhões de toneladas no exercício 2008/09, podendo ir a 9 milhões. E quando isso acontece, o preço dispara. Aliás, já disparou e vai bater no nosso bolso, embora para as usinas locais, que começam a moer semana que vem, isso pode representar a recuperação dos prejuízos do ano passado.

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