O analista do Citi de commodities para Latam, Gabriel Barra, apresenta, a convite do JornalCana, projeções para a safra 2026/27.
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- Moagem: “esperamos um crescimento de moagem, já que a produtividade média dos canaviais deverá subir, já que os campos devem se recuperar do clima adverso dos dois anos anteriores e dos incêndios que ocorreram em 2024 enquanto esperamos um clima mais regular para a safra seguinte (com a ausência de fenômenos climáticos severos).”
- Preços: “com relação a preços, ainda vemos um cenário bem desafiador para as usinas, indicando uma redução de margens ao longo da próxima safra. Do lado do etanol, esperamos uma tendencia de queda ao longo da próxima safra, devido principalmente ao crescimento da oferta do biocombustível (via cana e milho) e tendência de menores preços de gasolina na bomba, consequentemente menores preços de etanol.”
- Oferta: “do lado da oferta de etanol, esperamos que as usinas aumentem a produção de etanol pelo aumento da moagem de cana e pelo aumento de mix de produção de etanol, pois o etanol está oferecendo preços superiores ao preço de açúcar, e vemos uma parcela relevante da possível produção de açúcar das usinas que ainda não está hedgeada, indicando uma maior flexibilidade para as usinas aumentarem o mix de etanol.”
- Milho: “do lado da oferta de milho, esperamos crescimento de [mais ou menos 3 bilhões de litros] ~3bn L de litros, devido a entrada de produção de novas plantas e margens atrativas para as usinas de milho.”
- Gasolina: “com relação aos preços de gasolina, caso o cenário de preços de petróleo mais baixos se mantenha (Brent por volta de ~US$60/bbl) e a taxa de câmbio continue neste patamar, acreditamos que a Petrobras poderá ter espaço para realizar cortes de preço na gasolina ao longo do ano que vem.”
- Açúcar: “com relação ao preço de açúcar, acreditamos que será mais uma safra marcada por preços baixos, devido ao crescimento de produção nos países asiáticos (Índia principalmente).”
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