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Sabarálcool firma parceria com Centro de Tecnologia Canavieira

A Sabarálcool e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) – principal centro de desenvolvimento tecnológico de cana-de-açúcar do país – firmaram ontem, uma parceria visando a melhoria das variedades plantadas pela usina. Ao todo o contrato tem vigência de cinco anos. Com a união, a Sabarálcool acredita que a soma de mais tecnologia aos seus canaviais irá resultar em uma maior produtividade, redução de custos, além de agregar qualidade ainda maior aos seus produtos. “O grande objetivo desta parceria é o aumento de produtividade e, consequentemente, o aprimoramento tecnológico mais rápido”, frisou Victor Vicari Rezende, Diretor Agrícola do Grupo Sabarálcool. Órgão de atuação nacional sediado no município paulista de Piracicaba, o CTC é uma associação civil de direito privado mantida pelas principais empresas do setor sucroalcooleiro nacional. O centro tem como objetivo principal o desenvolvimento tecnológico da produção de açúcar e álcool. Sua missão é a de empreender novas tecnologias aplicadas desde a fase de cultivo da cana-de-açúcar até o processo industrial – e transferi-las a seu corpo de associadas, que atualmente reúne 146 empresas do Brasil.

As empresas associadas ao CTC respondem por cerca de 60% da cana-de-açúcar moída na região Centro-Sul do Brasil, cujo total atingiu 372 milhões de toneladas na safra 06/07. Além das usinas, em torno de 12 mil fornecedores de cana são atendidos pelo CTC. Oórgão atua há mais de 30 anos no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor canavieiro. São pesquisas que abrangem todos os elos da cadeia produtiva de cana-de-açúcar, álcool, açúcar e bioenergia, permitindo agregar valor às diversas etapas do processo e contribuindo com a evolução equilibrada do setor. O know-how acumulado nesses anos transformou o CTC em referência internacional do setor.

Sabarálcool

A Sabarálcool S/A Açúcar e Álcool, com matriz em Engenheiro Beltrão e filial em Perobal, deve ter neste ano a maior produção de toda a sua história. De acordo com Ricardo Albuquerque Rezende Filho, Diretor Comercial e Industrial da empresa, deverão ser produzidos 2,2 milhões de toneladas de cana. Na última safra, a usina alcançou uma produção de 1,6 milhão de toneladas. Com mais matéria-prima, elevam-se também as previsões de fabricação de açúcar – que deve fechar em 190 mil toneladas – e álcool – com expectativa de produção de 50 milhões de litros.

Os números, cada vez mais expressivos, ocorrem porque as duas unidades do grupo ainda têm capacidade industrial a ser ocupada, visando assim diluição dos custos fixos. Albuquerque também explica que, além disso, há uma grande perspectiva de crescimento de demanda nos mercados doméstico e internacional de álcool, principalmente, em função dos elevados preços do petróleo e da questão ambiental, mais especificamente, no que diz respeito aos problemas ocasionados em virtude do efeito estufa.

No entanto, para que a super safra ocorra, é preciso que o clima também coopere. Dados indicam que, até o momento, o tempo vem colaborando com os canaviais. “Se continuar da forma como está, o clima será um fator favorável”, disse Rezende. Segundo ele, o que pode vir a atrapalhar o desenvolvimento da usina é o preço dos produtos que, além de já terem caído a níveis próximos do custo de produção, não tem um horizonte muito favorável neste momento. Para ele, o principal motivo desta preocupação ocorre em função do acréscimo muito grande que haverá de oferta de cana no Brasil e em outros países do mundo para a próxima safra.

Mesmo antes de iniciar a nova safra, Rezende revela que, para o próximo ano a usina pretende ampliar ainda mais a área de canavial. “A área já contratada é de 4 mil hectares, porém devemos aumentar em pelo menos mais 3 mil hectares. Ou seja, deve haver um crescimento da ordem de 7 mil hectares”, afirmou.

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