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Rumos da política energética brasileira em destaque em vídeo

Um novo filme pretende ampliar o debate sobre a questão da energia elétrica no Brasil as vésperas da Rio + 20, encontro mundial que terá a geração de energia elétrica como um de seus focos e que pode estabelecer novos parâmetros mundiais de sustentabilidade. Trata-se do vídeo lançado pelo Projeto Agora, que procura introduzir novas ideias de forma didática e acessível para o grande público.

O vídeo reúne depoimentos de quatro dos mais renomados especialistas em energia e sustentabilidade do País: o ex-ministro e pesquisador da Universidade de São Paulo José Goldemberg; Mário Veiga, da Academia Brasileira de Ciências; Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura; e Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os depoimentos destacam o potencial das energias renováveis – em especial a biomassa – para o aumento da oferta de energia elétrica no Brasil. Segundo eles, daqui em diante será preciso produzir cada vez mais energia poluindo cada vez menos o ambiente.

Os especialistas são unânimes em afirmar que hoje não existe uma política energética no Brasil. “Temos um problema de planejamento. O governo adotou uma política de preços, uma hipótese simplista. Os leilões como são feitos hoje embaralham as várias fontes de energia,” afirma José Goldemberg. Para Adriano Pires, o atual modelo de leilões acaba inviabilizando muitos projetos que poderiam ser interessantes para o país: “Não é realista uma fonte de energia eólica competir com gás, com biomassa ou PCH (Pequenas Centrais Hidrelétricas). Não é realista fazer um leilão que mistura Nordeste, Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Isso é o que a gente precisa discutir de maneira sensata.”

O Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com mais de 45% de toda a energia utilizada no País gerada a partir de fontes renováveis. Isso pode ser comprometido pela ausência de uma política energética mais eficaz por parte do governo, algo que pode, além de retardar a expansão da oferta, “sujar” a matriz, pois a falta de planejamento poderá abrir espaço para térmicas fósseis com elevados índices de emissões de Gases de Efeito Estufa.

O novo filme não segue a linha das campanhas pró ou contra Belo Monte ou as usinas hidrelétricas na Amazônia. A ideia é apenas trazer a discussão sobre as políticas energéticas do governo brasileiro – ou a falta delas – à tona. “É muito prejudicial ficar numa situação de Fla x Flu quando o que a gente tem é uma situação de seleção brasileira. Nós temos o melhor de todos os times jogando junto,” define Mário Veiga, da Academia Brasileira de Ciências.

Para assistir o novo vídeo, visite o site www.bioeletricidade.com.br.

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