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Rubens Ometto ataca política de combustíveis brasileira

Rubens Ometto ataca política de combustíveis brasileira

“(O governo) não investe mas cria dificuldades para o investimento privado, mudando as regras do jogo no meio da partida. Ressuscita em tempos modernos o controle de preços da gasolina que vigorou na década de 80, extingue gradualmente o valor da CIDE – Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico sobre a gasolina, repassando-o apenas para a Petrobrás e trazendo uma efetiva, real, perda de competitividade para o etanol”.

A afirmação foi feita por Rubens Ometto Silveira Mello, conselheiro da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e presidente do conselho da maior empresa do setor sucroenergético nacional, a Raízen.

O representante taxou como “muito constrangedores” os subsídios à gasolina e ao diesel. Para ele, toda a cadeia de combustíveis é afetada com tais ações. “Constitui-se um acinte, um aleijão que agride a Petrobrás, o produtor de etanol e açúcar, e ilude o consumidor brasileiro”.

Para Ometto, o resultado da interferência governamental está na gasolina e o diesel subsidiados, no gás natural com diferentes preços e na energia elétrica de diversas fontes tratadas como se fossem todas iguais, sem levar em conta os impactos positivos ou negativos de cada uma delas: “São impostos sem racionalidade econômica”.

Mesmo com os problemas, ele afirma que continua acreditando no setor, que tem como bem mais precioso uma demanda em expansão para açúcar, etanol e energia: “Como maior produtor, mais que o dobro do segundo colocado, quero manter a Raízen a todo vapor, investindo, ganhando produtividade, moendo mais a cada safra. Afinal, essa é a nossa praia, a nossa cachaça. Mas o Brasil e o mundo precisam de greenfields e, como estamos, eles serão postergados e oportunidades serão certamente perdidas”.

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