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Rodrigues tem boa avaliação do acordo da Alca firmado em Miami

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, considera abrangente e ambicioso o acordo da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) confirmado na última sexta-feira, em Miami (Estados Unidos). O documento aprovado prevê linhas gerais para uma Alca mais flexível, e um dos principais pontos do acordo é a possibilidade da criação de um fundo compensatório para os países menos desenvolvidos.

O ministro, que participou do acordo, observa que o documento permite uma expectativa abrangente e balanceada nas relações comerciais. “O nível de ambição colocado pelo documento é o máximo possível e permite sonhar alto, porém não existem certezas que esses sonhos se transformem em realidade”, advertiu.

Rodrigues explica que as negociações efetivas deverão ter início em fevereiro do próximo ano, durante encontro em Puebla (México), avaliando que as negociações, em Miami, foram em torno da agenda do projeto de relançamento da Alca, que, na sua opinião, “ficou viva e garantida que vai entrar em vigor em 2005, porém a abrangência efetiva do comércio de negócios em si dependerá do que ocorrer daqui para frente”.

Para o ministro, também é elevado o nível de ambição da agenda relativa à agricultura, destacando a restrição dos Estados Unidos de não poderem discutir os subsídios internos ao setor, já que a questão ainda não foi decidida pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Em função disso, o ministro informou que o Brasil e outros países querem que as compensações aos subsídios internos dos Estados Unidos sejam oferecidas no mesmo setor do agronegócio e não em outras áreas da economia. “Isso significa que a compensação à manutenção dos subsídios internos norte-americanos será feita com acesso ao mercado de produtos agrícolas aos países da Alca”, explicou.

Sobre o otimismo em relação ao acordo firmado em Miami, Rodrigues observou que em nenhum momento afirmou que a negociação foi uma vitória, mas que também não houve um fracasso como o que ocorreu na reunião da OMC, em Cancun (México) em setembro deste ano, quando não se avançou com relação ao comércio agrícola mundial. (Fonte: Agência Brasil)

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