JornalCana

Rodrigues diz que expansão de cana não ameaça Amazônia

O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou que o Brasil tem condições de aumentar a área plantada com cana, incorporando 22 milhões de hectares, ocupados com outras culturas. Rodrigues garantiu que o crescimento dos canaviais não invadirá a região amazônica.

Rodrigues, que deixou o cargo há algumas semanas, está na Alemanha como representante oficial do governo brasileiro para participar do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Berlim, e do Seminário do Agronegócio Brasileiro, em Frankfurt.

Segundo o ex-ministro, a plantação de cana está avançando sobre áreas de pastagem existentes na região Centro-Sul do Brasil e sobre os pomares de laranjas. Ele afastou qualquer possibilidade de a expansão das lavouras de cana brasileira se dar na região da floresta amazônica.

Ele lembrou que a região amazônica é inviável logisticamente e está longe do centro de consumo do país.

Em exposição a empresários e industriais brasileiros e alemães em Berlim, Rodrigues sugeriu aos países da União Européia que passem a produzir etanol em vez de açúcar a partir da beterraba, evitando a difícil competição com o açúcar de cana produzido pelo Brasil. Dessa forma, segundo ele, os europeus poderão manter e até aumentar sua produção de etanol.

Rodrigues disse ainda que do ponto de vista social, os biocombustíveis representam um grande avanço e uma grande possibilidade que se abre aos países tropicais, já que esses são os que tem melhores condições para produzir etanol. Por isso, ele sugeriu que a Alemanha se engaje em um projeto semelhante ao que está sendo feito pela Grã-Bretanha em parceria com o Brasil que prevê a produção de etanol na África com tecnologia brasileira e investimentos britânicos.

O representante do governo brasileiro observou que os biocombustíveis são uma opção óbvia, e se surpreende que haja quem se oponha ao projeto. Segundo ele, desde o começo, a indústria do petróleo foi contra o programa brasileiro de estímulo à produção e consumo de álcool (criado há três décadas) por considerá-lo uma ameaça, mas atualmente isso mudou.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram