JornalCana

Rodrigues cobra política para setor sucroalcooleiro

O ex- ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou hoje, em audiência púbica no Senado Federal, que o Brasil pode perder a liderança mundial na pesquisa e na produção de álcool combustível, caso não resolva uma série de gargalos no setor. De acordo com o ex-ministro, que preside o Conselho Superior de Agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o País precisa definir uma estratégia para a produção do álcool centrada na cana-de-açúcar.

Rodrigues citou a necessidade de definir quais volumes de álcool serão destinados para os mercados externo e interno; como serão os contratos de longo prazo; e cobrou a criação e execução de um zoneamento agroecológico que garanta a sustentabilidade do setor sucroalcooleiro

Rodrigues disse ainda que o atual modelo de produção de açúcar e etanol é concentrador e cobrou uma maior participação dos produtores de cana-de-açúcar na fabricação do combustível. “É necessário um novo modelo, onde o agricultor tenha maior participação pelo etanol produzido, e não só pela cana fornecida às usinas. A matéria-prima não tem um mercado e é limitada à uma distância entre a lavoura e a usina”, disse ele, que cobrou uma remuneração pelo litro de álcool e não pela tonelada de cana-de-açúcar fornecida.

Secretaria especial

Dirigindo-se ao atual ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, Rodrigues revelou que trabalha pela criação no governo federal de uma secretaria especial de agroenergia, que concentraria as ações feitas em oito ministérios, além de agências e órgãos reguladores, específicas sobre o etanol e o biodiesel. “Daqui a pouco, quando tiver um problema de superprodução, ministro, ele vai cair nas suas costas”, disse Rodrigues, ao alertar para a falta de planejamento no setor.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram