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Rodrigues abre safra do Centro-Sul dia 1º de março no PR

Com a presença do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a usina da Cocamar, na cidade paranaense de São Tomé, será a primeira do País a iniciar a safra 2006/2007 de cana-de-açúcar, na próxima quarta-feira, dia 1º de março. A unidade inicia o corte de cana na segunda-feira (27). É o começo mais precoce da história indústria sucroalcooleira brasileira e só ocorreu em virtude da iminência do desabastecimento de álcool no Brasil.

A Associação dos Produtores de Açúcar e Álcool do Paraná (Alcopar) prevê que dez das 27 usinas e destilarias do estado vão iniciar a moagem em março e todas estarão processando até 1º de maio, quando começa oficialmente a safra 2006/2007. Depois da unidade da Cocamar, a usina Vale do Ivaí será a segunda a iniciar a produção, no próximo dia 6 de março.

A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), entidade que representa as usinas do Centro-Sul, estima que, entre março e abril, 850 milhões de litros de álcool serão produzidos na região brasileira, incluindo a produção de usinas de outros estados. “A antecipação ainda mais precoce foi um pedido do governo, porque somente com a produção de álcool a oferta pode se regularizar e os preços caírem; o resto são medidas de represamento”, afirmou o superintendente da Alcopar, José Adriano da Silva Dias, ao comentar as ações tomadas nesta semana pelo governo federal para tentar evitar a possibilidade de desabastecimento do combustível no País, entre elas a redução de 25% para 20% na mistura do álcool anidro à gasolina.

O superintendente da Alcopar considera que apesar da perda da produtividade com a antecipação da safra os preços pagos pelo combustível compensarão os prejuízos. O Paraná tem entre 400 e 405 mil hectares de cana-de-açúcar cultivados na safra 2005/2006, cerca de 10% mais ante os 370 mil hectares da safra passada. O estado deve colher e processar mais de 31 milhões de toneladas de cana, aumento de 25% em comparação às 24,8 milhões de toneladas da safra 2005/2006, mas muito próximo ao resultado da safra 2004/2005. “No ano passado a quebra foi grande; em muitas regiões, a partir de janeiro, foram mais de 100 dias sem chuva”, explicou o superintendente da Alcopar. Ainda segundo Silva, o mix do destino do processamento da cana no Paraná deve ficar entre 51% e 52% para o álcool e o restante para o açúcar, já que a capacidade industrial no estado não possibilita muitas variações nos porcentuais.

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