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Rockwell joga as fichas no açúcar e no álcool

Passado o boom dos processos de fusão e aquisição observados nos últimos três anos, as usinas sucroalcooleiras, mais capitalizadas, começam a investir na automação de seu processo industrial. E é nesse setor que a multinacional americana Rockwell Automation faz suas apostas. “Apenas 30% dessas companhias utilizam todo o seu potencial de automação”, afirma Danilo Talanskas, presidente do grupo no Brasil.

O universo de usinas sucroalcooleiras alinhadas com a tecnologia é pequeno, considerando que em todo país são cerca de 320 indústrias de açúcar e álcool. “Mas os negócios fechados para este segmento crescem a uma taxa média de 20% a 25% ao ano, desde o final da década de 90”, garante Talanskas.

Dos quase R$ 200 milhões do faturamento da Rockwell no Brasil, o setor sucroalcooleiro responde por algo entre 10% e 15%. Há três anos, o segmento representava apenas 5% do total.

A busca pela redução dos custos e pela melhoria de sua capacidade produtiva têm levado as usinas a investir na automação. É o caso da Alta Mogiana, de São Joaquim da Barra, a 80 quilômetros de Ribeirão Preto (SP). No ano passado, a empresa investiu cerca de R$ 2 milhões na tecnologia. Na prática, a empresa centralizou todo o processo de produção industrial, explica o engenheiro César Rodrigues, da usina. “Atividades manuais, como o controle da moenda de cana-de-açúcar, hoje são automatizadas”, diz Rodrigues. O desperdício de produtos químicos também foi controlado. “Passamos a ganhar tempo com as informações centralizadas em uma única sala.”

Os investimentos em automação variam hoje entre R$ 10 mil e R$ 2 milhões, “dependendo do processo implantado pela empresa”, o presidente da Rockwell. “A tecnologia pode ser implementada aos poucos.”

Segundo o executivo, muitas empresas são obrigadas a adotar o programa para ganhar eficiência para atender o mercado internacional. Foi o caso dos frigoríficos a partir de 1999. “Com o boom das exportações, essas empresas sentiram a necessidade de ficar mais eficientes”, afirma.

Com um faturamento global de US$ 4,3 bilhões, a multinacional tem uma fábrica em São Paulo e oito filiais no país, próximas aos principais pólos produtivos. Além do setor agrícola, a empresa americana atua nos segmentos de mineração, hoje seu principal nicho de negócio.

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