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Rockwell Automation aposta na potencialidade do mercado brasileiro

Única multinacional da área de automação industrial com parque local para fabricação de CLPs, a Rockwell Automation do Brasil tem três grandes motivos para comemorar a travessia de 2004: a nomeação de um novo diretor-geral; o crescimento de 8% no faturamento do exercício; e os 10 anos de operação ininterrupta da sua unidade produtora do Controlador Lógico Programável (CLP), dotado da tecnologia Surface Mounting Technology (SMT).

Com o objetivo de acelerar o crescimento da organização no país e abrir espaço para a transferência de tecnologias de ponta, o engenheiro Mike Johnston vem ocupando, há três meses, o posto de diretor-geral da subsidiária brasileira.

O executivo retorna ao país, onde iniciou sua carreira internacional há 10 anos como gerente de marketing, ocupando, em seguida, posições como country manager na Argentina e diretor de marketing para América Latina.

Mike Johnston assume num momento em que a empresa comemora os 10 anos da produção SMT local de CLPs, considerado o cérebro da automação de uma fábrica.

Unidade brasileira avança 8%

Firme no ritmo do crescimento, a Rockwell Automation do Brasil encerrou seu exercício fiscal com um faturamento bruto de R$ 230 milhões, o que representa um avanço de 8% em relação aos R$ 213 milhões registrados no ano anterior.

Desse total, nada menos que R$ 20 milhões são resultantes da expansão da base, ou seja, colocação de produtos em novos clientes.

Os distribuidores foram responsáveis por 52% do volume das vendas. Há cinco anos, este índice era de 27%.

A empresa encerrou o período com uma carteira de clientes 20% maior (6 mil efetivos).

A companhia manteve a liderança no país na área do Controlador Lógico Programável (CLP), considerado o cérebro da automação de uma fábrica. Outro destaque ficou por conta do Global Manufacturing Solutions com avanço de 8%, sobretudo em função do crescimento dos serviços de conversão de base instalada, serviços de network, suporte, etc.

Para completar, com 15% de expansão, o setor de projetos de automação de processo para cervejarias e fármacos foi outro que apresentou excelente resultado.

Entre os segmentos para os quais a Rockwell Automation forneceu seus produtos e soluções, os de petróleo e gás, mineração e agronegócios foram os que mais cresceram, respondendo por 40% do faturamento da companhia.

Já para a área de usinas de açúcar e álcool, as vendas vêm evoluindo a taxas médias de 20 a 25% ao ano.

A empresa também teve sucesso na atividade exportadora, enviando 20% da produção para a matriz, nos EUA.

“Para 2005, além destes três segmentos, há fortes expectativas de negócios para os setores exportadores, como siderurgia, papel e celulose e agribusiness. Isto sem contar que com a recuperação interna da economia, também haverá oportunidades nos setores automobilístico, cervejeiro, farmacêutico e alimentos”, observa Claudio Teixeira, diretor comercial da Rockwell Automation do Brasil.

Vendas mundias crescem

A Rockwell Automation é uma empresa global que desenvolve e fornece, em mais de 80 países, produtos e soluções de automação industrial em energia, controle e gerenciamento de informação.

A empresa acaba de fechar seu balanço mundial com vendas de US$ 4,4 bilhões,10% mais em comparação aos US$ 4 bilhões do ano anterior.

Deste total, a área de Control Systems foi responsável por vendas da ordem de US$ 3,6 bilhões cabendo à Power Systems negócios de US$ 725.5 milhões.

A empresa gerou um fluxo de caixa de US$ 499 milhões.

Década de consolidação

Para chegar ao atual estágio de excelência na produção e venda de CLPs, a Rockwell Automation do Brasil superou inúmeros desafios ao longo dos anos.

Convém lembrar que a empresa marca presença no país desde a década de 70, quando, sob a denominação de Allen-Bradley do Brasil, iniciou a produção local da família CLP-2/30.

Do início dos anos 80 até 1993, por força da Lei de Informática, a companhia manteve sua atuação no país através de uma joint venture com a Metal Leve.

³Entretanto, em janeiro daquele ano, as operações foram adquiridas pela Rockwell Automation e a empresa passou a atuar com uma unidade própria², informa Mauro Murcia, gerente de produção e engenharia.

Com a evolução da tecnologia de produção da matriz, a subsidiária brasileira tomou a decisão estratégica de reformular o conceito da fábrica, dotando-a de novas capacidades. Esse esforço significou, na época, o investimento de US$ 1 milhão na aquisição de máquinas, capacitação de pessoal e preparação de instalações.

Após cerca de um ano de preparativos do seu grupo de Engenharia, auxiliado por um time multi-funcional de experts da matriz, a Rockwell Automation do Brasil pôs em marcha, em novembro de 1994, a industrialização de uma variedade de produtos da família SLC-500, usando a tecnologia de Surface Mounting Technology (SMT), na época uma iniciativa pioneira.

Não demorou muito, seguindo a mesma estratégia de inovação e liderança, a unidade brasileira também introduziu em seu portfólio a família Flex I/O de produtos de entrada e saída distribuída. Importante mencionar que, desde o começo, a fábrica de CLP da Rockwell também é a fornecedora de alguns de seus produtos para o mercado mundial, exportando para a sua matriz nos Estados Unidos, que faz a distribuição.

Certificações – Mauro Murcia observa que ao longo da trajetória de sucesso da empresa, alguns fatores foram determinantes para a expansão da base de clientes: a qualidade do amplo leque de produtos – das marcas Allen-Bradley, Reliance Electric e Rockwell Software – sua confiabilidade e o suporte técnico.

Em 1995, a empresa obteve a certificação ISO 9001 e em 2003 passou a fazer parte do seleto grupo de companhias brasileiras a contar com seu sistema de qualidade certificado pela ISO 9001 versão 2000, principal norma de gestão da qualidade mundial.

Também em 2003, seu Centro de Suporte Técnico conquistou a certificação do programa SCP, para Práticas de Centro de Suporte, o que confere à empresa o status de ser a primeira do setor de automação na América Latina a obter este reconhecimento.

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