Em pauta na reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que acontece nesta sexta-feira (31), está o reajuste dos combustíveis. A expectativa é de que seja decidido por um aumento de 4% a 5%, já em novembro. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vem dizendo que reajustes serão feitos ainda este ano, mantendo a tradição de ao menos um por ano. O último, feito também em novembro, foi de 4% para gasolina e 8% para o diesel.
Caso o combustível seja, de fato, reajustado, será a segunda medida impopular tomada pela presidente Dilma Rousseff (PR), reeleita há cinco dias. No início da semana foi anunciado o aumento da Selic de 11% para 11,25%.
Em entrevista ao Jornal Estado de Minas, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, disse que alterar os preços não é a única ação necessária. “Apontar para um política clara de reajustes é importante”, explicou, lembrando que isso ajudaria a acabar com a defasagem de preços no futuro. A volta da Cide — Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico também é citada pelo especialista.
Tanto o reajuste quanto a volta da Cide são de extrema importância para o setor sucroenergético, que há anos vem sofrendo pela equivocada política de combustíveis implantada no país. “Estamos conversando já faz um tempo com o governo sobre a Cide. Vejo que com o baixo preço gasolina, assim como a necessidade do governo em arrecadar, podem fazer com que a Cide volte. É fundamental para o setor”, afirma Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag — Associação Brasileira do Agronegócio.