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Retorno vem só após 18 meses

E área mínima para plantio de um só investidor é de 200 hectares

O primeiro passo para quem está pensando em investir na cana mas não tem experiência é procurar informações nas associações de produtores, recomenda Zancaner. A migração não é tão fácil; a cana é cultura de capital intensivo; o produtor tem retorno só 18 meses depois do primeiro investimento, diz.

Além disso, deve dar prioridade a terras próximas das usinas para reduzir custos com frete. O tamanho da área, para um produtor independente, não deve ser inferior a 200 hectares, diz Zancaner. O custo de plantio totaliza R$ 2.400 por hectare, sendo que entre 30% e 35% do custo é formado por gasto com corte, colheita e transporte (CCT), que pode ser negociado com a usina compradora.

Com os tratos culturais gastamse de R$ 800 a R$ 900/hectare.

PLANTIO

A cana é plantada geralmente em fevereiro, para ser colhida em junho. O agricultor recebe em julho. O resultado da primeira colheita equivale ao custo inicial. Só depois do terceiro corte há a possibilidade de lucro líquido, ou só dois anos depois. A produção no primeiro corte, geralmente maior, chega a 120 toneladas/hectare, mas a média de produção no oeste paulista é de 90 toneladas/hectare. Para este ano, a expectativa é a de que a remuneração atinja a média de R$ 42 por tonelada, segundo o assessor-técnico da Orplana, Geraldo Majela de Andrade Silva.

ALTERNATIVAS

Quem não tem recurso para bancar o plantio pode recorrer a financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). Mas o custo do plantio será maior e o agricultor fica atrelado a uma usina,responsável pela compra da cana.

Neste caso, o tempo de retorno passa para cinco anos.

Para os que pretendem plantar em áreas menores, ideal é unir-se em grupos. A Orplana está incentivando a formação de grupos de 100 hectares em consórcios e cooperativas, o que reduz custos e permite a entrada de pequenos produtores no negócio, diz Andrade Silva.

Para quem não tem vocação para plantar cana, pode arrendar a terra para as usinas, negócio que remunera melhor do que a pecuária. A usina paga R$ 540 por ano/hectare, sem risco de perda ou desvalorização para o produtor.

A pecuária rende R$ 240 por ano. Mas se não há risco de o produtor perder arrendando, não há chance de ele ganhar com a valorização da cana, que na safra passada estava em R$ 35 a tonelada e esta safra deve ficar em R$ 42.

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