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Retomada pós-crise agita os negócios do setor de logística

O reaquecimento da indústria se reflete nos negócios das empresas de logística, ocasionando a abertura de novos contratos ao longo de 2009. Ontem, a Júlio Simões Logística anunciou mais uma operação para a Suzano Papel e Celulose, ao assumir a movimentação interna na sede da empresa, o que deve se estender às cinco fábricas da contratante até o fim do ano.

A Júlio Simões prevê que os novos trabalhos conquistados este ano, contribuam com um incremento de 15% nos ganhos. Já a francesa ID Logistics conquistou parte das operações na Nadir Figueiredo, depois de ter assumido clientes como AmBev, Casa Show e Danone. Com isso, a operadora espera um crescimento de 20% ainda em 2009.

Em relação ao projeto da Júlio Simões, serão necessários aportes de cerca de R$ 18 milhões em equipamentos e infraestrutura, fora a mão de obra, para a efetivação total da nova operação. “É um cliente para o qual transportávamos a matéria prima para a fábrica e o também o produto acabado. Ao assumir a movimentação interna das plantas fabris, fechamos um ciclo logístico completo”, explicou ao DCI Irecê Andrade, diretora comercial da Júlio Simões Logística.

As novas atividades para a Suzano terão início na sede da empresa, na cidade paulista de mesmo nome, passando depois às plantas Rio Verde, também em Suzano, às fábricas de Embu e Limeira, em São Paulo, e à de Mucuri (BA).

O setor de papel e celulose corresponde a 13% dos negócios de logística do grupo, que atua em serviços que vão do corte das árvores, carregamento e transporte da matéria-prima e distribuição para as plantas fabris, ao embarque para exportação no porto. “Neste setor atendemos também companhias como Aracruz-VCP e Veracel, sendo que já desenvolvemos algo para a Cenibra”, disse Irecê.

Em 2009, a Júlio Simões também iniciou o atendimento a companhias o setor sucroalcooleiro e incluiu no portfólio e clientes como Cosan e Brenco. “É um setor com perspectiva de expansão”, falou a executiva, sem revelar projeções.

O Grupo Júlio Simões faturou R$ 2,3 bilhões em 2008. Ele também atua na área de revendas de veículos – são mais de 20 da marca Volkswagen, além de terceirização de frotas e serviços de limpeza urbana. Em outros segmentos, atende clientes como MMX, Vale, Cummins e General Motors.

Tecnologia

Especializada em tecnologia para gestão de armazenagem em centros de distribuição, a europeia ID Logistics anuncia seu quarto contrato do ano para prestar serviços à empresas no País. Com isso, deve chegar, por aqui, à casa dos R$ 90 milhões de faturamento em 2009.

Agora a ID passa a cuidar da gestão dos estoques, da recepção de cargas e da movimentação interna da fábrica Nadir Figueiredo na região metropolitana de São Paulo. “A Nadir estima que sua produção irá crescer consideravelmente nos próximos anos”, disse Nicolas Derouin, diretor-geral da ID Logistics no Brasil, ao colocar que por isso a fabricante de vidros e cristais procurou um operador que garantisse soluções flexíveis e ágeis: para obter vantagem competitiva.

Este ano ID conquistou operações junto a AmBev, Casa Show e Danone, mas já prestava serviços no Brasil a corporações como Carrefour, Leroy Merlin, ArvinMeritor e Chevron Texaco.

O Brasil já corresponde à segunda maior operação da ID Logistics no mundo, sendo que o grupo mantém 63 unidades, dividas entre mais de 1,5 milhão de metros quadrados de estoques espalhados por quatro continentes. O faturamento global da companhia chegou a R$ 930 milhões no ano passado.

Fusão

Outra operadora que confirma a retomada do mercado é a nacional Trafti, resultado da fusão que uniu os negócios de Ajofer, Fantinati, Trans-Postes, Transvec e Mestralog em junho passado. “O mercado começa a reagir além do que esperávamos, sinalizando haver oportunidade de novos negócios”, analisou Marco Capitano, presidente da Trafti.

O executivo disse que a empresa trabalha para fortalecer os serviços para os atuais clientes (não revelados), oferecendo novos serviços de acordo com a formatação integrada de todas as empresas que formaram a Trafti.

Além disso, Capitano confirmou que até o fim deste ano a empresa deve anunciar novas operações com grandes clientes e que as negociações estão em curso. Entre os principais setores-alvo da empresa, estão as indústrias automobilística, sucroalcooleira, alimentícia, de eletroeletrônicos e farmacêutica.

A Trafti nasceu com ganhos próximos aos R$ 250 milhões, mas o objetivo é chegar a R$ 400 milhões em cinco anos. Antônio Wrobleski (ex-Ryder Logística) deixou a presidência da Trafti depois de ter cumprido a missão de liderar a integração entre as empresas, mas ele permanece no conselho administrativo.

O reaquecimento da indústria já se reflete nos negócios das empresas de logística, com o aumento de novos contratos em 2009. Ontem, a Júlio Simões Logística anunciou mais uma operação contratada pela Suzano Papel e Celulose, ao assumir a movimentação interna na sede da empresa, o que deve se estender às cinco fábricas da contratante até o final do ano.

A previsão da Júlio Simões é de que os novos trabalhos conquistados este ano contribuam com um incremento de 15% nos ganhos – no ano passado o grupo faturou R$ 2,3 bilhões.

“É um cliente para o qual transportávamos a matéria-prima para a fábrica e o também o produto acabado. Ao assumir a movimentação interna das plantas fabris, fechamos um ciclo logístico completo”, explicou ao DCI Irecê Andrade, diretora comercial da Júlio Simões Logística.

O setor de papel e celulose corresponde a 13% dos negócios de logística do grupo, que presta diversos tipos de serviço para esse segmento. “Atendemos também companhias como Aracruz-VCP e Veracel, e já desenvolvemos algo para a Cenibra”, disse Irecê.

Enquanto isso, a francesa ID Logistics, especializada em tecnologia para gestão de armazenagem de centros de distribuição, conquistou parte das operações da Nadir Figueiredo, depois de ter assumido clientes como AmBev, Casa Show e Danone. Agora, espera um crescimento de 20% ainda em 2009.

Outra que confirma a retomada é a Trafti, resultado da fusão de cinco empresas menores em junho passado. “O mercado reage além do esperado, sinalizando oportunidades”, analisou Marco Capitano, presidente da Trafti. (Fabíola Binas)

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