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Representantes do MME conhecem plantas de biogás em São Paulo

Objetivo foi acompanhar o desenvolvimento da tecnologia de geração de eletricidade a partir do lixo urbano e da cana-de-açúcar

Representantes do MME conhecem plantas de biogás em São Paulo

Representantes da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do Ministério de Minas e Energia (MME) realizaram, nos dias 5 e 6 de abril, visitas técnicas a duas plantas de biogás em São Paulo. O objetivo da visita foi acompanhar o desenvolvimento da tecnologia de geração de eletricidade a partir do lixo urbano e da cana-de-açúcar.

O secretário-adjunto da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Marcello Cabral, e o diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos do MME, André Osório, acompanhados pela diretora da Abiogás, Tamar Roitman, conheceram a Usina São João, localizada na zona leste da cidade de São Paulo, com potência para gerar até 23 MW. A visita incluiu um módulo de geração distribuída de 5 MW anexo à planta.

Sob o gerenciamento da RZK Energia, a usina recebe cerca de 7 mil toneladas de lixo por dia e gera cerca de 120 mil MWh ao ano, o que equivaleria ao consumo aproximado de quase 60.000 famílias.

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A comitiva também conheceu a Usina Bomfim, da Raízen. Com capacidade instalada de 21 MW, a unidade localizada em Guariba, no interior de São Paulo, produz energia elétrica por meio de vinhaça e torta de filtro, subprodutos da cana-de-açúcar.

O PDE 2031, recém-lançado pelo MME, aponta um potencial expressivo da vinhaça e torta de filtro para a produção de biogás, por biodigestão, atingindo o potencial de biogás de 7,1 bilhões de m³, em 2031, e um potencial técnico de cerca de 2,0 GWmédios no mesmo ano. O biogás é uma fonte capaz de atuar na geração elétrica e no uso veicular, por meio do biometano.

“O desenvolvimento do mercado de biogás representa muitos benefícios para o país. Além de uma alternativa para promoção da interiorização do gás, onde ainda não existe infraestrutura de gasodutos, também fortalece o atendimento da demanda de energia elétrica. A produção de energia por meio desta fonte gera externalidades positivas relevantes, como a destinação de resíduos urbanos e sua contribuição para redução de emissão de gases de efeito estufa”, destacou Marcello Cabral.