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Relatório do açúcar em xeque

A União Européia (UE) poderá ser mais afetada que o Brasil pela recomendação que a Organização Mundial de Saúde (OMS) fará hoje sobre o consumo de açúcar, estima um economista sênior da Organização Internacional do Açúcar, Serguei Gudoshnikov.

Relatório da OMS aconselhará as pessoas a não consumir mais de 10% de suas calorias a partir do açúcar. A indústria açucareira, principalmente dos Estados Unidos, promete continuar a pressão contra essa recomendação, que considera sem base científica, e pede que a OMS estabeleça um limite maior, de 25%.

Para o economista da Organização Internacional do Açúcar (OIA), o impacto negativo da recomendação de hoje da OMS para produtores e exportadores é sobretudo causado pela “má publicidade envolvendo o açúcar”. Mas não dá ainda para fazer cálculos de perdas com eventual redução do consumo.

“Depende de quantos governos vão adotar essas recomendações e adotar programas nacionais nesse sentido”, diz. “Mas isso ocorrerá principalmente nos países desenvolvidos. Assim, a UE sofrerá mais que o Brasil, que exporta seu açúcar principalmente para outros países em desenvolvimento.”

Serguei prefere não acreditar numa lenta substituição do consumo de açúcar por adoçantes artificiais. Esses produtos representam hoje de 5 a 7% do consumo mundial de produtos para adoçar.

No Brasil, a União da Agroindústria Canavieira (Unica) não vai se pronunciar até ter maiores dados. “É necessário examinar o relatório e pesquisas que venham a ser apontadas no estudo”, diz uma fonte.

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