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Relação etanol/gasolina cai a 70,72% em SP

Levantamento distribuído hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) à Agência Estado mostrou que a relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina atingiu o nível de 70,72% na terceira semana de janeiro na capital paulista. O número apurado representou leve queda ante o divulgado no levantamento da segunda semana do mesmo mês, quando a relação havia sido de 70,80% e também já havia mostrado baixa ante a relação de 71,58% da primeira semana.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores à gasolina.

A relação elevada entre ambos os combustíveis ainda é reflexo da forte alta nos preços que o etanol apresentou durante boa parte de 2011 nos postos paulistanos. Neste ano, no entanto, as pesquisas do instituto, por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que leva em conta uma base mais ampla de comparação, já mostram recuo no valor médio do combustível.

Na pesquisa referente à terceira quadrissemana do mês (período de 30 dias terminado em 23 de janeiro), o preço do etanol apresentou queda de 1,18% ante variação negativa de 0,22% da segunda quadrissemana (período de 30 dias encerrado em 15 de janeiro). A gasolina, por sua vez mostrou redução de 0,34% em seu valor na terceira quadrissemana ante baixa de 0,20% na segunda medição do mês.

Conforme os números da Fipe, ainda não é vantajoso abastecer com o etanol em São Paulo, mas o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, avaliou que já existe a possibilidade de o consumidor encontrar postos na cidade com a relação já inferior a 70% entre o etanol e a gasolina. “Quando a relação fica nesta faixa muito próxima de 70%, vira uma coisa de posto a posto. Neste momento, vale a pena o consumidor pesquisar, já que é possível a existência de postos em que o etanol compensa”, disse. “O preço do combustível está caindo agora porque a demanda se reduziu demais”, destacou, lembrando que o consumidor diminuiu o consumo por causa do longo período de desvantagem em relação à gasolina.

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