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Régua que mede a produtividade de cana ganha nova versão. E é gratuita

Criação é de agrônomo do Centro de Cana IAC

Gestores agrícolas de usinas poderão obter a partir deste fevereiro a nova versão da régua que mede a produtividade da cana-de-açúcar de 5 cortes.

A ferramenta organiza os conhecimentos canavieiros em função do tipo de solo, do clima e do manejo.

Utilizada por unidades de produção campeãs em produtividade, a régua é criação do engenheiro agrônomo Hélio do Prado.

Ele integra a equipe de Marcos Landell no Centro de Cana IAC.

Outra boa notícia é que a nova régua não terá custos.

“Iremos imprimir duas mil cópias a serem disponibilizadas”, destaca Prado.

Para checar se as cópias estão disponíveis, segue o contato telefônico do Centro de Cana: 16 3919-9920.

O contato com Hélio Prado pode ser feito pelo endereço eletrônico heprado@terra.com.br. Ele também distribui cópias durante palestras.

 

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Saiba tudo sobre a régua que mede a produtividade

Confira a seguir entrevista que Hélio Prado concedeu ao JornalCana sobre a régua da produtividade.

O que é essa régua?

Hélio do Prado – A régua é uma forma de organizar os conhecimentos em função do tipo de solo, do clima e do manejo.

Como ela foi criada?

Hélio do Prado – Criei essa régua com base nos nos levantamento de solos que fiz em todos estados do Brasil com cana-de-açúcar.

Inclui os históricos de produtividades no manejo convencional com as boas práticas agrícolas de conservação do solo, do correto preparo do solo.

E, também, inclui plantio de mudas sadias na época certa, com ausência de ervas daninhas, pragas e doenças.

E, finalizando, com a correta época de colheita e escolha de variedades em função do ambiente de produção.

Como acertar esse ambiente?

Hélio do Prado – Se não ocorrer clima atípico, ou seja, geada, seca intensa e chuva intensa, o índice de acerto do ambiente de produção é muito grande.

Áreas canavieiras de estados estudadas no projeto Ambicana, do IAC, que ajudaram a formatar a régua

 

E agora a régua ganha nova versão?

Hélio do Prado – Sim. Há dois anos fizemos uma régua comprida, medindo produtividade ate 150 toneladas por hectare.

Mas durante visita à usina Agrovale, em Juazeiro (BA), vi que a régua não media acima de 150 t por hectare.

Por isso esticamos a ferramenta para até 200 t por hectare.

 

Régua da produtividade: como ela funciona

 

Como funciona essa régua?

Hélio do Prado – No manejo básico, cada letra corresponde à produtividade média de 5 cortes: G2 menos que 50 t por hectares são solos pobres de regiões secas.

[Confira na imagem acima]

No outro extremo, A1 produz mais de 100 t por hectare solos ricos de locais chuvosos.

Solos intermediários em climas intermediários têm produtividade ente 50 e 100 t por hectare.

O sr. trata de dois tipos de manejos

Hélio do Prado – Sim. Se o produtor colhe mais do que previsto na régua ganha ‘prêmio’.

Mas para isso ele saiu do manejo convencional para o manejo avançado utilizando vinhaça, torta de filtro, cinzas, cama de frango, irrigação plena ou semiplena.

E tendo o efeito residual de nutrientes de soja, milho etc deixadas no mesmo local para a cana-de-açúcar.

Portanto, existem 2 tipos de manejo: o convencional para enquadrar os ambientes de produção,

E depois, se for utilizado pelo menos um tipo de manejo avançado, o ambiente muda para mais favorável.

Dê um exemplo

Hélio do Prado – o Nitossolo eutrófico na região de Assis enquadra-se no ambiente A1 com produtividade média de cinco cortes de 100 a 103 t por hectare.

Mas se utilizar vinhaça, a produtividade aumenta 15%, mudando para o ambiente A +1. Ou seja, de 104 a 123 toneladas.

Veja o caso da usina Agrovale. No manejo convencional, o ambiente é G2 menos que 50 t por hectare.

Mas com gotejamento, a média de 5 cortes atinge o ambiente A+4, de 164 a 183 toneladas por hectare.

No enquadramento do ambiente de produção, quem decide é a deficiência hídrica.

 

 

 

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