Reforma açucareira: 11 países da UE pedem redução mais moderada dos preços
A Espanha e outros 10 países da UE pediram nesta terça-feira à comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer Boel, uma reforma açucareira que “não prejudique a produção de certas regiões” em benefício de outras, e exigiram um corte menos duro dos preços.
“Seria inaceitável prejudicar a produção em certas regiões e, ao mesmo tempo, aumentar a de outras”, destacaram em uma carta os ministros da Agricultura de Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Eslovênia, Finlândia e Portugal.
No texto, os ministros pedem que “os cortes de preços sejam significativamente menores, e introduzidos de forma progressiva em um período mais longo”. Também manifestaram-se em favor de “ajudas diretas mais elevadas” para compensar a queda dos preços.
Diante dos ministros europeus da Agricultura reunidos em Luxemburgo, Fischer Boel reiterou a importância de um compromisso dos 25 países da UE envolvendo sua proposta de reforma açucareira antes da reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Hong Kong, em dezembro. O projeto prevê uma redução dos preços em 39% em dois anos a partir de 2007 para o açúcar, e em 42,6% para a beterraba.
A reforma inclui uma compensação para os agricultures de até 60% pela perda de receita em conseqüência da queda dos preços. A revisão do atual sistema europeu, que vigora há décadas, foi imposta pela condenação da OMC (OMC) à UE devido a uma queixa de Brasil, Tailândia e Austrália.
