Redução do álcool pode aumentar preço da gasolina

Um novo aumento dos combustíveis é esperado por analistas e especialistas de mercado para ocorrer em 1º de fevereiro no preço da gasolina para o consumidor, quando entra em vigor a mudança da adição do álcool anidro neste combustível. A partir deste dia, o percentual da mistura passa de 25% para 20%. A perspectiva é de que esta redução na mistura eleve o preço da gasolina em 2%.

No encontro com a cadeia sucroalcooleira, semana passada, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, aceitava a hipótese de um pequeno reajuste, entre 1% e 2%. Mas para o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), o aumento pode superar os 2%. Segundo o porta-voz do Sindicato, Alísio Vaz, as distribuidoras ainda não absorveram a alta do álcool verificada neste início de ano, quando o preço do litro pago ao produtor passou dos R$ 0,80 para R$ 1,00.

A redução se fez necessária porque, sem ela, no final de abril poderia haver uma defasagem de até 400 milhões de litros de álcool. Com a medida, técnicos do ministério acreditam que em três meses o País economizará 250 milhões de litros. Outros 600 milhões de litros entrariam com a antecipação da safra para o início de abril.