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Recurso para nova safra é recorde e atinge R$ 107 bi

Os recursos do Plano de Safra 2011/12, que será anunciado pelo Ministério da Agricultura até a primeira quinzena de junho, terão um crescimento de 7% em relação à atual temporada. Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o setor rural terá R$ 107 bilhões para serem utilizados na próxima safra, entre julho de 2011 e junho de 2012, com algumas alterações em relação aos planos de anos anteriores. O volume de recursos será o maior já disponibilizado ao setor rural.

As declarações de Rossi foram dadas ontem na abertura do seminário “Perspectivas para o Agribusiness em 2011 e 2012”.

Entre os setores incluídos no Plano Agrícola e Pecuário, a cana-de-açúcar e a pecuária estão entre os que receberão maior atenção do governo na nova temporada. Segundo Rossi, o segmento sucroalcooleiro contará com uma linha de financiamento para a renovação dos canaviais, com objetivo de elevar a produtividade das lavouras. Além disso, haverá recursos para retenção de matrizes pelos pecuaristas e para o financiamento de aquisição dessas fêmeas.

O governo também estuda a criação de mecanismos para atuar de forma mais consistente no mercado de laranja. “Estamos também estudando a criação de uma linha de financiamento para estocagem de suco de laranja. A ideia é combater a volatilidade dos preços da laranja e tentar garantir um preço mínimo para os produtores”, disse Rossi. O governo trabalha para que os detalhes da linha para a critricultura sejam apresentados no plano safra.

O ministro disse que o governo tentará manter as atuais taxas de juros, mas ele não descartou a possibilidade de reajustes. Sem entrar em detalhes, o novo secretário de Política Agrícola do ministério, José Carlos Vaz, informou que haverá uma alteração na classificação que define a “classe média” rural. Segundo Vaz , os critérios de enquadramento serão ampliados, fazendo com que parte dos agricultores classificados na agricultura empresarial passem para a classe média, tendo acesso a taxas menores.

“O volume de recursos controlados aumentará mais do que os com taxa livre. Além disso, a classe média será ampliada, permitindo que agricultores classificados em outra categoria possam ter acesso a juros menores”, disse Vaz. O novo secretário afirmou que as atuais mudanças fazem parte de uma nova metodologia de trabalho que a Secretaria de Política Agrícola (SPA) quer adotar nos próximos anos.

Uma das novas atribuições do novo secretário do ministério será planejar melhor as políticas de longo prazo. A SPA será responsável por monitorar as tendências de preços e também de clima olhando duas safras para frente, trabalhando junto com o setor privado ações de garantia de preços e renda ao setor no longo prazo.

O governo quer aproveitar o bom momento que o agronegócio brasileiro v ive para se planejar para o período de “vacas magras”, dentro do ciclo de altas e baixas da agricultura mundial. “Hoje somos intervencionistas. Para as próximas duas safras teremos bons volumes de produção e boas margens para os agricultores. Agora é a hora para nos prepararmos para uma eventual depressão futura da renda da agricultura brasileira nos próximos anos”, disse Vaz.

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