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Recém-chegada, Fiat sai na frente com o 147

Em 1979, quando era a última das 4 montadoras instaladas no País, a Fiat, que havia inaugurado fábrica em Betim (MG) 3 anos antes, saiu na frente das concorrentes Volkswagen, GM e Ford ao lançar o primeiro carro a álcool, o 147 com motor 1.3.

A produção inicial era destinada a frotas governamentais e taxistas. No ano seguinte, começou a venda para consumidores em geral.

Na época, a montadora tinha em seu quadro de funcionários um especialista em álcool, Paulo Penido, que acelerou o projeto do novo motor. Foi o primeiro grande desenvolvimento totalmente nacional da Fiat do Brasil em termos de engenharia, diz o diretor de Produto da montadora, Carlos Eugênio Dutra. Na seqüência, vieram os concorrentes Chevette, da General Motors, Fusca, da Volkswagen e o Corcel II, da Ford.

A Fiat trabalhou no projeto dois anos, mas assim como as outras marcas, os veículos a álcool foram lançados com vários problemas, como a dificuldade de partida em dias frios e a rápida corrosão de mangueiras e carburador. O motor era equipado com carburador e distribuidor. Para a partida, a gasolina era injetada manualmente e nem sempre na dose certa, o que resultava no afogamento.

O problema foi banido com a chegada da injeção eletrônica, que injeta gasolina automaticamente. Carburadores e distribuidores foram eliminados.

Em meados dos anos 80, da produção total da Fiat, 95% era de veículos a álcool. A hegemonia dos modelos movidos com o combustível derivado da canade-açúcar durou até o fim da década, quando a crise de abastecimento derrubou as vendas. Em pouco mais de um ano, o mercado virou de quase tudo a álcool para quase tudo a gasolina, lembra Dutra. Com os bicombustíveis, voltou a era do álcool – para técnicos da indústria, não há mais volta.

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