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Receita de máquinas deve somar R$ 60 bi

A indústria de máquinas e equipamentos pegou carona este ano no forte crescimento de setores como papel e celulose, açúcar e álcool, mineração e gás. O setor deve consolidar um faturamento de R$ 60 bilhões este ano, alta de 13%. Apesar de estarmos enfrentando forte pressão de máquinas importadas devido ao real forte, além da tributação no setor, foi um ano bom, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), Luiz Aubert Neto. A receita com máquinas e equipamentos importados cresceu 37% no acumulado até outubro deste ano no País, para US$ 12,5 bilhões. A expectativa no ano é alta de 38%.

Hoje um quilo de maquinário importado dos Estados Unidos custa US$ 25. Nossas máquinas exportadas custam cerca de US$ 17 por quilo. Já uma máquina chinesa chega ao País custando US$ 4,5, disse o executivo.

Atualmente, cerca de 85% das importações que chegam ao País possuem similar de fabricação nacional. Apenas 15% são produtos sem produção local, disse.

Segundo o executivo, além do dólar barato há um conjunto de fatores que forma esta diferença de preço no quilo de maquinário. Há ainda a alta tributação brasileira na produção de máquinas e a ausência de financiamentos com prazos e juros mais próximos dos de outros países, tanto para produtores quanto para compradores de máquinas no mercado interno.As exportações deste setor apresentaram alta de 23,7% no acumulado até outubro, em relação ao mesmo período de 2006, para US$ 8,8 bilhões.

Iniciativa Privada

A Abimaq pretende criar iniciativas para fazer o Brasil voltar a estar entre os cinco maiores produtores de máquinas e equipamento do mundo, cargo já ocupado em décadas passadas. Para isso a entidade deve apresentar, no próximo ano, o projeto Cidade Abimaq. Será um pólo de desenvolvimento desta indústria com uma faculdade para qualificar profissionais na área. A cidade será instalada na região de Ribeirão Preto (SP).

A escolha se dá devido à forte sinergia do setor com a indústria de energia a partir de fontes renováveis. Faremos um pólo com eventos o ano todo e também com esta faculdade para impulsionar da nossa parte o setor. A idéia é que até 2020 consigamos sair da 14 colocação e voltar talvez ao 4 lugar mundial, disse.

Um dos desafios desta indústria é acompanhar a necessidade das indústrias de base de otimizar o tempo e qualidade de produção para defender suas margens, hoje corroída por petróleo caro e receita menor com exportações devido ao câmbio. Embora não divulgue dados, o executivo disse que o investimento em inovação teve de aumentar significativamente já este ano e terá de crescer mais em 2008.

(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 7)(Juan Velásquez)

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