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Receita a agrícola das lavouras deve diminuir 9,2% este ano

A receita agrícola das lavouras brasileiras de grãos (“da porteira para dentro”) deverá alcançar US$ 22,2 bilhões em 2005, 9,2% menos que os US$ 24,5 bilhões de 2004, conforme levantamento da MB Associados que já leva em conta as fortes oscilações das cotações principalmente da soja no mercado internacional nas últimas semanas. O saldo da volatilidade foi positivo para os preços, mas a apreciação do real em relação ao dólar ainda pressiona a receita calculada.

A projeção inclui algodão, arroz, feijão, milho, soja e trigo, além de outros grãos com menor peso. A maior retração, de 32,2%, deve ser a do algodão, cuja receita agrícola tende a cair de US$ 1,28 bilhão, em 2004, para US$ 870 milhões neste ano. Na mesma comparação, a receita do trigo deve cair de US$ 900 milhões para US$ 660 milhões (26,9%), enquanto a do arroz tende a tombar de US$ 3,17 bilhões para US$ 2,58 bilhões (18,7%). Para a soja, carro-chefe do campo, a retração estimada é de 11%, para US$ 11,54 bilhões. Feijão e milho devem render mais.

A queda média projetada para a soja, contudo, escamoteia a os problemas enfrentados pela região Sul do país, onde uma prolongada estiagem deixou as colheitadeiras de muitos produtores gaúchos na garagem. No Estado, a queda de receita da soja calculada pelo economista Glauco Carvalho, da MB, é de 72,2% – de US$ 1,8 bilhão, em 2004, para US$ 500 milhões agora. No Paraná, o recuo previsto é de US$ 2,4 bilhões para US$ 2,2 bilhões, e na região Sul como um todo, de US$ 4,4 bilhões para US$ 2,8 bilhões.

No Centro-Oeste, onde o Mato Grosso (maior Estado produtor de soja do país) colhe safra recorde, a receita agrícola da soja deve se manter em US$ 6,4 bilhões – US$ 3,9 bilhões no Mato Grosso, mesmo nível de 2004.

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