Mercado

Reajustes dos combustíveis não serão automáticos, diz Petrobras

A Petrobras esclareceu nesta quarta-feira alguns pontos de sua nova metodologia para determinar os preços dos combustíveis, mas permaneceu não revelando a fórmula adotada. A estatal disse que, no cálculo, é levado em conta o preço de referência dos derivados no mercado internacional, a taxa de câmbio do momento e a origem do produto vendido — se importado ou refinado no Brasil.

A companhia informou, contudo, que mesmo com essa equação, os reajustes dos preços não serão automáticos. A empresa esclareceu que o novo método permite determinar faixas de preços conforme as ponderações explicadas e que caberá à diretoria-executiva decidir sobre mudança ou não no valor da gasolina e do diesel.

A fórmula, afirmou a empresa, confere à diretoria “poder discricionário à luz da dinâmica dos merca dos doméstico e internacional”. O anúncio feito na semana passada, porém, reforça a posição da estatal de não repassar ao mercado interno a instabilidade dos combustíveis no âmbito internacional.

O comunicado foi enviado ao mercado em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a metodologia adotada. Na sexta-feira passada, o conselho de administração da Petrobras aprovou a fórmula e informou que o objetivo era alcançar convergência entre preços domésticos e externos “em prazo compatível” com o objetivo de reduzir a alavancagem da petrolífera em dois anos.

O texto ainda cita especulações de mercado de que Maria das Graças Foster, presidente da estatal, estaria de saída da empresa. “A Petrobras refuta qualquer afirmação desta natureza”, garantiu. A executiva já deixou bem clara a necessidade de se buscar a redução da defasagem dos preços para retomar o fôlego financeiro do grupo, sendo que o governo, controlador da estatal, tenta impedir que reajustes tenham impacto na inflação.

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