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Reajuste da conta de luz em 40% faz rotina mudar em indústrias na região

Pólo industrial de Rio Claro
Pólo industrial de Rio Claro

A partir desta quarta-feira (27), a energia elétrica subiu em 16 cidades da região de Rio Claro, atendidas pela concessionária Elektro. Com aumento de 40,79%, as grandes indústrias mudaram a rotina. Elas têm demitido funcionários e repassado valores ao consumidor. Para os clientes comerciais, residenciais e rurais o índice é de cerca de 35,97%.

O impacto do reajuste, causado pela estiagem, será a partir da conta de outubro. Segundo a Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os custos para produzir e distribuir energia no país subiram muito no ultimo ano. Isso porque com a falta d´água, a geração de energia por hidrelétricas, que é a mais barata, sofre redução. Com isso, as distribuidoras têm que comprar energia de termelétricas, pagando um valor mais caro. Por consequência, repassam o custo extra para os clientes.

Reflexos

No pólo industrial de Rio Claro são 930 empresas com mais de 25 mil funcionários. Em uma fabrica, o gerador, que antes só era utilizado durante três horas por dia, vai funcionar por mais tempo. “Antes, era mais caro utilizar o gerador porque o diesel é caro. Mas, com o aumento da energia, passou a ser vantajoso utilizá-lo em quantidade maior de horas”, disse o gerente comercial Paulo Sergio Ferreira.

A situação também surpreendeu o proprietário de outra fábrica. Com mais gastos, 14 dos 60 funcionários foram demitidos. “O reajuste vai impactar realmente nossos custos fixos e tende a piorar ainda mais a situação que hoje não é boa”, contou Nilson Claret Pereira.

Repasse

Repassar o prejuízo para os clientes é o que o empresário Assed Bittar Filho pretende fazer para evitar a demissão de funcionários. “A energia elétrica representa 13,4% dos insumos utilizados na produção. Isso vai prejudicar demais. No nosso caso vamos ter um furo de caixa mensal de R$ 60 mil”, disse.

Para o presidente da Associação do Comércio e da Indústria, a mudança deve refletir em toda a cadeia produtiva. “Consequentemente o preço vai ser repassado e vamos perder competitividade no mercado interno e externo”, informou Antonio Carlos Beltrame.

(Fonte: Portal G1)

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