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Reação nas exportações do campo

Contrariando uma tendência de queda que deu o tom desde janeiro, as exportações brasileiras do agronegócio cresceram em novembro. Nos 11 primeiros meses do ano ainda houve recuo, puxado pelas quedas das cotações internacionais de boa parte das commodities agrícolas vendidas pelo país no exterior.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques do setor somaram US$ 6,6 bilhões no mês passado, 8,2% mais que em novembro de 2014. Na comparação, as importações caíram 20,3%, para US$ 993 milhões. Assim, o superávit setorial subiu 15,5%, para US$ 5,6 bilhões.

arte10agr-301-balanca-b12De acordo com Tatiana Palermo, secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, “o aumento das exportações só não foi maior por causa da queda, quase generalizada, dos preços médios dos principais produtos de exportação do agronegócio”.

No caso do “complexo soja” (inclui grão, farelo e óleo), que geralmente lidera o ranking das exportações do agronegócio brasileiro, as vendas externas aumentaram 68% em novembro sobre o mesmo mês de 2014, para US$ 1,1 bilhão. O item mais vendido nessa lista, a soja em grão, rendeu US$ 551 milhões, ante US$ 80,9 milhões em novembro do ano passado. As exportações de óleo de soja e as de farelo foram menores – 7,6% e 7,4%, respectivamente.

As exportações de carnes caíram 9,7% em novembro, para US$ 1,3 bilhão, as de açúcar e etanol diminuíram 5,2%, para US$ 780 milhões, e as de café caíram 18,7%, para US$ 498,3 milhões. Dentre os itens que tiveram resultado positivo em relação ao mesmo mês de 2014 estão os produtos florestais (US$ 813 milhões, alta de 7,9%) e os cereais, farinhas e preparações (US$ 862 milhões, alta de 46%), grupo puxado pelo milho.

Principal mercado para as exportações brasileiras do agronegócio, a China importou US$ 836 milhões em novembro, aumento de 77,5% frente ao mesmo mês de 2014.

Nos primeiros 11 meses do ano, as vendas externas do agronegócio nacional caíram 9,6%, para US$ 81,4 bilhões. As importações renderam US$ 12,2 bilhões, uma queda de 20,8% nesse período, e o superávit setorial caiu 7,3%, para US$ 69,18 bilhões. No intervalo, as exportações de soja e derivados recuaram 12%, para US$ 27,1 bilhões, enquanto as de carnes caíram 15,6%, para US$ 14 bilhões, e as de açúcar e etanol diminuíram 20%, para US$ 7,5 bilhões. No caso dos produtos florestais houve alta de 3,6%, para US$ 9,4 bilhões.

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