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Raízen recebe maior peça para produção de E2G em Barra Bonita

Chegada de equipamento é fundamental para início das operações, prevista para 2024

Raízen recebe maior peça para produção de E2G em Barra Bonita

A Raízen recebeu na última semana o maior equipamento da planta dedicada à produção de Etanol de Segunda Geração (E2G), marcando o avanço das obras da unidade, localizada no Parque de Bioenergia Barra, em Barra Bonita, no interior de São Paulo.

O “Reactor” de pré-tratamento, que possui 13 metros de comprimento e pesa aproximadamente 55 toneladas, é a maior peça em peso da unidade, que está prevista para ser concluída em 2024.

Com tecnologia e engenharia feita com exclusividade para a companhia, o equipamento é nacional e foi produzido pela Asvotec, empresa de equipamentos industriais, com uma liga metálica especial importada da Alemanha.

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“O reator, juntamente com a rosca prensa (Screw press) e o aquecedor (Speed Heater), são responsáveis pelo início da transformação da biomassa em E2G como tecnologia única e exclusiva da Raízen e a chegada desse equipamento representa um marco importante para o Parque de Bioenergia Barra. Com essa entrega, iniciamos a montagem mecânica dos equipamentos, superando uma das principais etapas do processo de construção de uma planta de E2G”, comemora Luciano Zamberlan, diretor de projetos da Raízen.

Ao todo, a peça percorreu cerca de 167 km de Monte Mor à Barra Bonita. “Esse momento que estamos vivenciando na unidade confirma e consolida a cadeia de fornecimento dos principais equipamentos da indústria do E2G, que era o principal desafio mapeado no início do projeto”, complementa.

Segundo Christian Mader, diretor Geral da Asvotec, o fornecimento do pacote de equipamentos especiais para a Raízen foi um desafio importante para a empresa. “Investimos fortemente em maquinário de grande porte e de última geração, desenvolvendo processos de usinagem de ponta e ampliando nossa infraestrutura para atender a demanda da Raízen”.

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A Raízen é a única produtora de E2G em escala industrial e a partir de 2024 se consolidará como o único produtor mundial a operar quatro plantas de etanol celulósico, concretizando o plano estratégico de expansão e ampliando o portfólio de soluções renováveis da companhia.

Com a inauguração da primeira planta de E2G durante a safra 2014/15 no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba -SP, e a unidade de Bonfim, em Guariba -SP, prevista para este ano, a companhia caminha para o cumprimento de sua agenda com este marco e com a entrega da planta de E2G no bioparque Univalem, em Valparaíso – SP previsto para o segundo semestre de 2024.

Com investimento por planta de bioetanol de cerca de R$ 1,2 bilhão, até o ano-safra 2030/31 a companhia visa ter 20 unidades de produção de etanol de segunda geração, representando uma capacidade instalada de fabricação anual de aproximadamente 1,6 milhão de metros cúbicos.

O E2G é produzido a partir de uma tecnologia proprietária da companhia, utilizando como insumo o bagaço da cana-de-açúcar, biomassa extraída do processamento da cana e produção do etanol de primeira geração (1G) e açúcar.

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Sendo um biocombustível avançado, ele tem potencial de elevar em cerca de 50% a capacidade de produção de etanol da Raízen sem adicionar nenhum hectare de terra a mais. Além disso, sua produção resulta em uma molécula com significativa redução de emissão de CO2, abaixo do etanol convencional.

Isso torna o E2G um produto chave na transição energética, podendo ser usado para diversos fins além da mobilidade, oferecendo diversas soluções para aplicação industrial – como matéria-prima para produção de plástico verde, por exemplo.

Como uma empresa one-stop shop em soluções de energia e uma das pioneiras na aplicação do conceito de economia circular, além da produção de etanol de primeira e segunda geração, a Raízen também possui plantas de produção de biogás, biometano, energia solar e outras fontes renováveis em operação e construção.

Até 2030, a companhia possui metas para reduzir a pegada de carbono ao longo da cadeia de produção do etanol e açúcar em 20% e aumentar em 80% a produção de energia renovável.

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