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Raízen investe em ações de prevenção e combate a incêndios

Companhia tem um arsenal de medidas contra as chamas

Com investimentos na ordem de 27 milhões de reais, a Raízen intensifica as operações de combate a incêndios em 2021. Segundo o gerente agrícola da empresa, Rodrigo Morales, até agosto deste ano, as ações se estenderam a uma área equivalente a 55 mil hectares. “Tivemos 25% menos de cana queimada, em relação ao mesmo período do ano passado”, informa Morales.

O programa da empresa de combate a incêndio tem como foco evitar que ele aconteça, mas quando acontece agir de forma rápida e eficiente. A tecnologia tem sido uma grande aliada nesse aspecto.

“Investimos em ferramentas de prevenção e detecção, como monitoramento de chuvas e também do que chamamos de triângulo do fogo: umidade do ar, temperatura e velocidade dos ventos. Essas medições permitem avaliar as chances de onde as queimadas podem acontecer de maneira mais intensa e com maior gravidade. Contando ainda com o apoio de imagens de satélite, que apontam locais com possibilidade de focos de incêndio. Com base nesses dados, as equipes de combate são direcionadas para essas áreas”, explica o gerente agrícola.

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Segundo ele, quando o fogo aparece são acionados os chamados Veículos de Intervenção Rápida (VIR) que são caminhonetes com equipamentos de combate, com tração nas quatro rodas e com maior velocidade de deslocamento. “Sabemos que o fator tempo é muito importante, quando se trata de combate a incêndio”, ressalta.

Morales informa que a Raízen conta com um protocolo constituído de 39 procedimentos de combate a incêndio. Ao todo, são cerca de 1.700 brigadistas com roupas e equipamentos adequados, com apoio de caminhões pipa automatizados. “50% dos incêndios ocorrem entre 12h e 18h, horário que requer mais atenção de todas as equipes”, afirma.

A quantidade de água no solo, também é um dos itens que recebem atenção no programa de combate às queimadas. Através dessa medição é possível entender se estamos entrando num período mais seco, o que acontece normalmente a partir do mês de agosto. Esse ano, porém, é bom salientar que essa estiagem chegou no mês de julho. Isso inclui a ação de diversificação da variedade de cana, para plantar sempre a mais adequada para cada período.

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Antônio de Pádua Rodrigues

Paralelo a todas essas medidas, a Raízen também promove um amplo trabalho de conscientização junto às comunidades de entorno, buscando também o envolvimento do poder público, através das prefeituras, para o desenvolvimento dessas ações.

A empresa disponibiliza um telefone 0800 para que a população também possa ligar e alertar sobre possíveis focos de incêndio.

Queimadas

 Apontadas, hoje, como um dos maiores inimigos da área agrícola, as queimadas, durante muito tempo foram vistas como aliada dos produtores, principalmente, antes do processo de mecanização da colheita. “A palha hoje é um importante produto para gente. Não chamamos mais nossas plantas de usina, mas sim de parque bioenergético. Então quando ocorre queima, deixamos de trazer matéria prima. E o setor hoje precisa da palha”, explica Morales, durante participação no webinar “Prevenção e combate a incêndios em canaviais – 2ª edição”, promovido nesta terça-feira (14), pela companhia.

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Marcos Landell

O diretor da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antônio Rodrigues de Pádua, informa que atualmente, 99,8% é colhida através do sistema de colheita mecanizada, sem a utilização de queimadas.  Segundo ele, uma das grandes ações do setor sucroenergético nessa transição, foi a requalificação de mais de 400 mil trabalhadores.

Para Marcos Landell, diretor do Instituto Agronômico (IAC), uma das principais mudanças é que todo pacote tecnológico desenvolvido contempla o ambiente atual (sem a queima de cana). Ele destaca ainda que as queimadas provocam perdas na colheita, adubação, no controle de pragas, perda no vigor dos canaviais já brotados, reduzindo a população de colmos, causando menor produtividade agrícola no ciclo seguinte.

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