Mercado

Raízen entra na produção de energia solar

Foco é a Geração Distribuída

(Foto Divulgação/ Raízen)
(Foto Divulgação/ Raízen)

A Raízen, controlada pela Cosan e pela Shell, entra na produção de energia elétrica solar.

Davi Negri/Câmara de Piracicaba – Divulgação Raízen

A primeira planta de painéis fotovoltaicos da empresa foi inaugurada na manhã desta terça-feira (04/06).

Ela fica na unidade Costa Pinto, em Piracicaba (SP).

Trata-se de uma planta em caráter piloto com capacidade instalada de energia de 1.3 MWp.

Com essa capacidade, a planta pode produzir 2 mil megawatts-hora (MWh) por ano.

Segundo a assessoria, a Raízen não revela valores de investimentos.

A empresa não divulga as informações por estar em período de quarentena.

Essa quarentena é por conta da divulgação, nas próximas semanas, do balanço do trimestre entre março e junho.

Como funciona o modelo de negócio da energia solar da Raízen?

A empresa informa que, inicialmente, o negócio consistirá na locação dos painéis solares pelos parceiros da Raízen. Esse modelo atende ao segmento denominado Geração Distribuída (GD).

A empresa controlada pela Cosan e pela Shell possui mais de 7 mil postos de serviços e mais de 2 mil clientes B2B.

Na primeira fase, a energia solar produzida em Piracicaba – e transportada por meio da rede da distribuidora CPFL – serã atendidos 18 postos da marca Shell e dois clientes B2B.

“Esses dois são empresas transportadoras que são nossas parceiras há décadas”, explica Antonio Simões, diretor executivo de Energia da Raízen.

Simões, diretor executivo de Energia: “a Raízen enxerga na geração distribuída, por meio de plantas de geração solar fotovoltaica, uma grande oportunidade para compor o portfólio da empresa” (Foto: Davi Negri/Câmara de Piracicaba – Divulgação Raízen)

Economia para clientes

Segundo ele, com as placas em total funcionamento, estima-se que esses parceiros possam ter uma economia anual nos gastos com energia elétrica mensais entre R$ 5 mil a R$ 10 mil.

“Com essa iniciativa, a Raízen intensifica suas ações no desenvolvimento de sua participação no setor elétrico e reforça seu posicionamento como uma empresa integrada de energia”, destaca Simões, que entre cargos na Shell e Raízen está há 22 anos no grupo.

“Com o empreendimento, ofereceremos mais uma solução de eficiência energética”, emenda.

O empreendimento

A planta com 3.800 placas está inserida em uma área de 40 mil metros quadrados, equivalente a dois campos de futebol.

Representa também a maior área destinada à energia solar do Estado de São Paulo.

Com a operacionalização desse projeto, a Raízen reforça a sua robustez na produção de energias renováveis – cogeração por biomassa, palha de cana e biogás.

E passa a ter cerca de 1.01 GW em todo o seu portfólio de energias.

Por sua vez, esse volume é capaz de abastecer uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro durante um ano.

Para a operacionalização, será adotado o modelo de net metering.

Trata-se de procedimento no qual a energia gerada é usada para abater o consumo de energia elétrica da unidade.

Por fim, nesse método, caso haja um saldo positivo, o consumidor poderá utilizar esse crédito e reduzir o consumo na fatura do mês subsequente.

Finalmente, esse é um modelo já consolidado e em aplicação em países referência na adoção dessa tecnologia.

Entre eles estão a Alemanha e Estados Unidos, principalmente no estado da Califórnia.

Projetos futuros em energia voltaica

Durante entrevista, o diretor executivo de Energia da Raízen não quis revelar se a empresa implantará plantas solares nas demais 21 unidades produtoras em operação na safra de cana 2019/20.

Por fim, segundo ele um grande projeto de energia deverá ser brevemente divulgado pela empresa.

“Mas não posso adiantar informações”, emendou, destacando o período de quarentena.

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