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Racionamento

Com uma das maiores reservas de petróleo no mundo, o Iraque instituiu ontem um rodízio de veículos em Bagdá como medida de racionamento de combustível.

Pelas regras, metade da frota do país -ora placas de final par, ora as de final ímpar- é proibida de circular a cada dia. A pena pela infração é cerca de US$ 20 (aproximadamente R$ 48).

O vice-premiê Ahmad Chalabi, responsável pela gestão do setor petrolífero, afirmou que a intenção do governo é “reduzir a demanda intensiva por combustível”, descrevendo a decisão como “não perfeita, mas positiva”.

A falta de combustível tem sido freqüente, provocando filas nos postos e um crescente mercado paralelo da gasolina que, devido aos subsídios, oficialmente custa pouco mais de US$ 0,01 o litro.

Antes da guerra, em março de 2003, o Iraque produzia uma média de 2,5 milhões a 2,7 milhões de barris de petróleo por dia. Em março de 2004, o governo chegou a comemorar a produção diária de 2,42 milhões de barris.

No entanto os ataques freqüentes às refinarias e aos poços de petróleo, a falta de investimentos de empresas estrangeiras na refinação e na distribuição e outros fatores fizeram a produção cair.

Hoje, gira entre 1,7 milhão e 1,9 milhão de barris por dia, dos quais cerca de 1,4 milhão são exportados. As reservas conhecidas de petróleo no Iraque chegam a 112,5 bilhões de barris.

Muitos iraquianos, porém, interpretaram a medida como uma tentativa de melhor o tráfego congestionado da capital. “As ruas de Bagdá não conseguem lidar com esse número enorme de carros”, disse o policial Tariq Ismail.

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