Mercado

Rabobank prevê 500 milhões de toneladas para safra de cana 2012/2013

Relatório do Rabobank aponta que a safra de cana-de-açúcar 2012/2013 no Centro-Sul do Brasil ficará levemente abaixo das 500 milhões de toneladas, com uma pequena elevação ante as 490 milhões de toneladas previstas para safra atual. É uma das menores projeções que já foram divulgadas para o próximo período. O mercado avalia uma produção entre 510 milhões e 540 milhões de toneladas. Apenas a consultoria Datagro trouxe algo mais pessimista para 2012/2013, com previsão entre 460 milhões e 515 milhões de toneladas, números divulgados no dia 21 de novembro.

Segundo o relatório, “o tamanho da colheita de cana em 2012 no Brasil é a mais importante variável na equação de quanto açúcar estará disponível para exportação, de quanto será utilizado em biocombustível” e ainda que “os preços dos derivados determinarão a parcela de produção de cana que será destinada a cada um”, informa.

O banco estima que, em 2012, o preço do açúcar deve ficar abaixo do praticado em 2011, mas a queda não será tão acentuada. A cotação média deve ser de 22 centavos de dólar por libra-peso, com suporte em 18 cents e máxima abaixo de 25 cents. Na avaliação do Rabobank, o fator determinante para a cotação do açúcar em 2012 será a capacidade de o Brasil suprir o mercado mundial com a colheita da próxima safra.

Mesmo com possível estabilidade no Brasil, a safra global 2011/2012 gerará, segundo o Rabobank, 174,5 milhões de toneladas de açúcar, alta de 5% ante a temporada passada, puxada pela boa produção da Rússia e da União Europeia. A instituição financeira espera um excedente mundial de seis milhões de toneladas de açúcar, o maior desde 2006/2007, o que, no entanto, não será suficiente para repor o déficit de 19,8 milhões de toneladas das três safras anteriores.

O Rabobank aponta que a volatilidade permanecerá forte até metade do ano que vem, quando já será conhecido o tamanho dos volumes produzidos na atual safra 2011/2012 no Hemisfério Norte e 2012/2013 no Brasil. O aumento da demanda de importadores e a produção de etanol no Brasil darão suporte ao mercado, segundo o banco.

Já a demanda global de açúcar crescerá 1,6% em 2012, em função dos preços baixos, o dobro do crescimento porcentual de 0,8% da temporada anterior e bem maior que os 0,3% de aumento médio das safras 2008/2009 a 2010/2011.

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