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Queimadas nos canaviais paulistas caem 5%

A queima da palha da cana-de-açúcar no Estado de Sãso Paulo caiu 5% na safra 2007/08 em relação ao ciclo passado. A contatação é do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com base nas imagens de satélite. A colheita sem o uso do fogo aconteceu em 656 mil hectares, passando de 34% para 46% da área total colhida.

De acordo com o pesquisador do Inpe, Bernardo Rudorff, foram 108 mil hectares a menos de área queimada. Já a área cultivada cresceu 520 mil hectares. Os mapas mostram a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar e fazem parte do projeto Canasat, que utiliza técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento dos canaviais.

Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a redução da área de queima evitou a emissão de 3,9 mil toneladas de material particulado, equivalente a 28% da emissão de partículas geradas pela combustão de óleo diesel por veículos na região da Grande São Paulo em 2006.

O próximo desafio do projeto Canasat é utilizar as imagens para aferir a produtividade e o avanço da cultura. “Na medida em que o projeto evolui temos cada vez mais dados e podemos agregar novas classes de informações. Logo poderemos saber se o plantio da cana passou a ocupar áreas de outras culturas ou atividades econômicas”, disse um dos idealizadores do projeto, Daniel Alves de Aguiar.

O Canasat, criado em 2003, mapeia áreas cultivadas em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O projeto é uma parceria do Inpe com a Unica, o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP.

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