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Quatro por cento dos paulistas vivem no campo

Apesar da população do estado de São Paulo estar urbanizada, cerca de 4% dos paulistas ainda vivem no campo. Em Ribeirão Preto, onde predomina o cultivo cada vez mais mecanizado da cana-de-açúcar, existem localidades rurais com moradores, a exemplo das estradas velhas de Guatapará e do distrito de Bonfim Paulista.

O percentual de 4%, conforme estudo recém-divulgado pelo Instituto de Economia Agrícola – IEA, do governo estadual, corresponde aos níveis dos países mais desenvolvidos do mundo. Conforme o levantamento, é relevante destacar que para 83% dos municípios paulistas, essa população urbana trabalha na roça e o deslocamento eficiente, seja das pessoas seja da produção, é estratégico.

Com 4% da população vivendo no meio rural, significa que São Paulo ainda apresenta um contingente relevante de pessoas que, para ter acesso à cidadania plena, precisa locomover-se com freqüência e rapidez até os centros urbanos. Por exemplo, o acesso à saúde exige boas estradas nas emergências, e a urbanização da educação permite o acesso a melhor ensino dos filhos do campo, com transporte rápido, seguro, confortável e permanente.

Segundo os resultados do trabalho, conclui-se que na agricultura a estrada rural conservada permite: a) redução de custos de produção e de comercialização, facilitando acesso a insumos, serviços especializados e escoamento da safra; b) redução de perdas agilizando acesso a armazéns, secadores, agroindústrias processadores e packing-houses, que em sua maioria estão localizados em áreas urbanas pelo tamanho das plantas produtivas, c) acesso à informação, técnicas, econômicas e de políticas, fundamentais à eficiência da moderna produção.

A conservação do solo e da água são hoje questões estratégicas para o desenvolvimento da agricultura, e a má conservação de estradas rurais está entre as mais graves causas de problemas ambientais em decorrência do assoreamento de rios e de mananciais, além da destruição da capacidade de produção de áreas lindeiras e limítrofes às estradas internas e externas às propriedades, produzindo enormes vossorocas.

A manutenção dessa infra-estrutura é atribuição dos municípios, consumindo significativa parcela dos recursos municipais e que, na maioria, há notória deficiência de estrutura e tecnologia que produzam os resultados esperados. Ao contrário, muitas vezes no afã de atender às demandas dos agricultores, acaba-se aumentando os problemas de conservação com soluções técnicas inadequadas.

Dessa maneira, para a execução de políticas públicas consistentes no tocante à infra-estrutura viária rural é fundamental diagnosticar-se a realidade de cada município confrontando sua malha viária com a respectiva área agropecuária, de maneira a se criarem indicadores que permitam priorizar a aplicação de recursos com base em critérios objetivos buscando a máxima eficiência, eficácia e efetividade das ações envidadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), por intermédio da Companhia de Desenvolvimento Agrícola do Estado de São Paulo (CODASP), que detém a liderança nacional do capital intelectual compatível com a solução dos problemas agro-ambientais e econômicos associados à logística das estradas rurais.

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