Quatro combustíveis: você ainda vai ter um tetrafuel

Tetrafuel, você ainda vai ter um. O slogan é emprestado e vem dos tempos do Proálcool, mas os taxistas devem tomá-lo por realidade. Com a evolução dos sistemas, num futuro nada distante os carros de praça serão movidos a álcool, gasolina, gás natural veicular (GNV) e benzina, a gasolina sem álcool vendida em países vizinhos ao Brasil, o que permitirá até mesmo que motoristas de áreas fronteiriças do País abasteçam em terras estrangeiras.

Central eletrônica única melhora desempenho

Como o Fiat Siena Tetrafuel que AUTOMANIA testou em janeiro na cidade de Campinas (SP), onde fica a fábrica da Magneti Marelli, outros modelos tendem a seguir o mesmo caminho. Isto porque o sistema tem uma grande vantagem em relação a todas as instalações de GNV feitas hoje: uma central única de gerenciamento da injeção eletrônica, que comanda todos os combustíveis. Isso aumenta a economia, reduz o número de componentes, melhora o desempenho e diminui a emissão de poluentes.

Com a produção em larga escala, o preço do conjunto será bastante atraente. De acordo com a Magneti Marelli, o sistema deve chegar este ano ao mercado custando menos de R$ 2 mil e, se isto for confirmado, concorrentes como Bosch, Delphi e Siemens certamente irão atrás de soluções semelhantes.

Para os taxistas, a mudança significará a possibilidade de comprar um carro já com o GNV instalado, obtendo as vantagens da redução de impostos. Hoje isto acontece apenas com o Chevrolet Astra Multipower, cujo preço é de R$ 50.197 de acordo com a tabela Fipe, sem descontos. Movido a álcool, gasolina e GNV, este modelo não traz a central eletrônica unificada, mas tem a vantagem de receber, de fábrica, os ajustes necessários tanto no motor quanto na suspensão.