A venda das ações da Petrobras Biocombustível (PBio) nas sete usinas da Guarani deve movimentar R$ 4 bilhões.
As tratativas de negociações de compra das ações foram iniciadas há uma semana entre a francesa Tereos Internacional, majoritária na Guarani, e a estatal.
“Nós conhecemos bem esses ativos, entendemos o seu potencial, por isso, se eles realmente decidirem deixar o negócio, estamos interessados”, disse para a Agência Reuters Jacyr Costa Filho, executivo da Tereos, na terça-feira (18/10), no intervalo da conferência internacional de açúcar e etanol da consultoria Datagro, em São Paulo.
Na quinta-feira (20/10), o Portal JornalCana apurou que os principais executivos da Tereos iniciaram internamente o processo de oferta de compra das ações.
Já na sexta-feira (21/10), a Petrobras informou oficialmente, por meio de comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ter contratado o Itaú BBA para auxiliá-la na venda de sua participação de 45,9% na Guarani.
Levantamento do Portal JornalCana estima em R$ 4 bilhões o valor de mercado dos 45,9% das ações da PBio nas sete usinas.
“Para chegar ao valor, levamos em conta o preço médio da tonelada instalada em uma usina em boas condições financeiras e de operação, que é de US$ 120 por tonelada”, diz Josias Messias, diretor da Procana, empresa controladora do Portal JornalCana.
Sendo assim, os 45,9% da PBio equivalem a uma moagem instalada de 11,4 milhões de toneladas nas sete unidades, que multiplicada por US$ 120 a tonelada resulta em US$ 1,3 bilhão.
Em reais, o montante vai a R$ 4 bilhões, utilizando-se o dólar a R$ 3,12, como estava a cotação na manhã desta terça-feira (25/10).
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A Guarani integra as unidades Andrade, Severínia, Cruz Alta, São José, Vertente, Tanabi e Mandu, todas no interior paulista, com capacidade de moagem de 23 milhões de toneladas.
Outras participações
Por meio da controlada Petrobras Biocombustível (PBio), e além da Guarani, a estatal federal também é sócia em 50% do Grupo São Martinho na Nova Fronteira Bioenergia S. A. e do Grupo Turdus. Esses dois grupos controlam duas usinas, localizadas respectivamente em Quirinópolis (GO) e em Bambuí (MG).
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