Qualidade e eficiência devem ser alvos permanentes

As perspectivas otimistas, na economia, para 2005 não afastam a prudência e o zelo no planejamento da produção agrícola. “Acredito muito na empresa que trabalha, de maneira consistente, apostando na qualidade da matériaprima, no manejo varietal adequado e na valorização da equipe técnica. Nada justifica ser influenciado pelas

circunstâncias”, afirma o engenheiro agrônomo Hermann Paulo Hoffmann,

coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Na opinião dele, a busca pela

eficiência deve ser permanente. “As usinas e destilarias não podem pensar somente nos sinais de mercado. A eficiência é ótima quando o momento é bom. E é essencial quando a situação é ruim”, ressalta.

Com tempestade ou tempo bom, as unidades de açúcar e álcool têm

apresentado maior resistência às instabilidades. Para Hofmann, o setor sucroalcooleiro está cada vez menos vulnerável às oscilações climáticas por causa da sua competência, da redução de custos e pelo papel desempenhado pelo etanol no mercado. Um dos fatores considerados importantes no gerenciamento da produção agrícola –

de acordo com o professor da UFSCar – é o manejo varietal correto,

aproveitando as opções disponibilizadas pela Copersucar, Instituto Agronômico e a UFSCar. “É necessário conhecer a interação das variedades com o meio ambiente”, enfatiza. Ele lembra que uma mesma variedade chegava a ocupar 50% da área de plantio. O aumento da oferta e a preocupação com o rendimento agrícola fizeram com que os canaviais passassem a contar com até sete ou oito alternativas, com uma média de 12% da área para cada uma. Os cuidados com a adubação e a ampliação da colheita mecânica seguem para uma mesma direção: a melhoria do rendimento agrícola. “As ações devem estar voltadas à obtenção de produtividade alta, com o maior número possível de cortes”, enfatiza. Confira matéria completa no JornalCana – Edição 133.